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10 de dezembro de 2025 - 21h59
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POLÍTICA

Eduardo Bolsonaro é notificado e pode perder mandato por faltas à Câmara

Deputado está fora do Brasil desde julho; processo aberto por Hugo Motta prevê perda de mandato após ausência em um terço das sessões

10 dezembro 2025 - 20h30Agência Brasil
Eduardo Bolsonaro não comparece às sessões desde julho e agora enfrenta processo que pode levar à cassação do mandato.
Eduardo Bolsonaro não comparece às sessões desde julho e agora enfrenta processo que pode levar à cassação do mandato. - (Foto: Lula Marques/ Agência Brasil)

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) foi oficialmente notificado sobre um processo administrativo que pode resultar na cassação de seu mandato por número de faltas acumuladas na Câmara dos Deputados. A medida foi tomada pelo presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), e comunicada nesta terça-feira (9).

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Eduardo está ausente das sessões desde 20 de julho, quando se encerrou sua licença de 120 dias solicitada em março, período em que foi morar nos Estados Unidos com a família. Ele alegou estar sofrendo perseguição política e não retornou ao Brasil.

Segundo o documento enviado por Motta, o processo foi aberto com base no parágrafo 3º do artigo 55 da Constituição, que prevê perda de mandato para o parlamentar que faltar a um terço das sessões deliberativas da Câmara durante a sessão legislativa.

A notificação informa que Eduardo tem cinco dias úteis para apresentar sua defesa por escrito.

Defesa e críticas

Nas redes sociais, Eduardo Bolsonaro criticou o processo e afirmou que está sendo perseguido. Disse que, com mais de 700 mil votos, é "um parlamentar inocente" que não pode retornar ao Brasil. Segundo ele, o processo representa um bloqueio total de suas atividades parlamentares, em especial na área da diplomacia legislativa.

No mesmo vídeo, o deputado também acusou o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Flávio Dino de bloquear emendas parlamentares de sua autoria, mesmo com ele ainda em exercício do mandato.

Réu no STF

Eduardo Bolsonaro é réu no STF por crime de coação. Em setembro, foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) por tentar influenciar autoridades nos Estados Unidos em relação ao julgamento que condenou seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro, por tentativa de golpe de Estado.

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