Cassado pela Mesa Diretora da Câmara dos Deputados por faltas, o ex-deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) reagiu nesta quinta-feira (18) afirmando que a perda do mandato representa uma “medalha de honra”. Em vídeo publicado nas redes sociais, ele disse que assumiu conscientemente as consequências de suas escolhas políticas e que fez exatamente o que seus eleitores esperavam.
Atualmente nos Estados Unidos, Eduardo disse que sua permanência fora do país não foi em vão. Segundo ele, a atuação política que resultou na cassação refletiu exatamente o que seus eleitores esperavam de seu mandato. “Valeu a pena ter levado consequências reais a esses ditadores. Para mim, o que fica é uma medalha de honra”, afirmou.
No mesmo pronunciamento, o ex-parlamentar sustentou que atingiu um dos principais objetivos de sua atuação política: contribuir para a formação de uma bancada numerosa na Câmara dos Deputados. Ele lembrou que, ainda durante as eleições de 2022, pediu votos para outros candidatos do grupo político ao qual pertence.
Eduardo também comentou o fato de parlamentares que antes eram aliados terem votado pela cassação. Mesmo assim, afirmou não se arrepender da estratégia adotada e disse que continuará atuando politicamente fora do mandato. “Tenho certeza de que fiz o certo. O que mantém as pessoas comigo não é um diploma na parede”, declarou.
A decisão da Mesa Diretora também atingiu Alexandre Ramagem (PL-RJ), ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro. Ramagem teve o mandato cassado na mesma sessão.
Ambos estão fora do Brasil. Eduardo Bolsonaro permanece nos Estados Unidos, onde diz estar por decisão própria. Já Alexandre Ramagem, condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), é considerado foragido e também se encontra no país.
