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O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) afirmou nesta quarta-feira, 23, que as contas bancárias de sua esposa foram bloqueadas por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Em suas redes sociais, o parlamentar classificou a decisão como "arbitrária" e afirmou que não foi notificado nos inquéritos recentemente abertos contra ele. O STF não comentou a alegação de Eduardo Bolsonaro até o momento.

Na última segunda-feira (21), Eduardo já havia informado que teve suas próprias contas bancárias e chave Pix bloqueadas. De acordo com o Estadão, a ordem de Moraes também incluiu o bloqueio de bens móveis e imóveis, além do salário do deputado como parlamentar. O intuito dessa medida é dificultar as ações de Eduardo nos Estados Unidos, onde ele se encontra atualmente.
Minha esposa, Heloísa, que não é política e nem milita nesta área, teve suas contas bancárias bloqueadas sem qualquer justificativa legal.
— Eduardo Bolsonaro (@BolsonaroSP) July 23, 2025
Trata-se provavelmente de mais um ato arbitrário ordenado por Alexandre de Moraes - digo provavelmente pois jamais fui sequer citado dos… pic.twitter.com/acxFTYH3xF
A ação é parte de uma investigação mais ampla sobre as tentativas do ex-presidente Jair Bolsonaro e de seu filho para pressionar o governo de Donald Trump a aplicar sanções contra o Brasil. A Polícia Federal havia imposto medidas restritivas ao ex-presidente, como o uso de tornozeleira eletrônica, mas, no caso de Eduardo, considerou mais eficaz adotar medidas patrimoniais, devido à sua localização nos EUA.
Embora os investigadores tenham considerado a possibilidade de pedir a prisão de Eduardo Bolsonaro, a avaliação foi de que isso teria uma baixa efetividade, considerando o histórico de fracasso nas tentativas de extradição de brasileiros envolvidos em atos antidemocráticos e residentes nos Estados Unidos.
Entre os alvos da investigação está uma transferência de R$ 2 milhões feita por Jair Bolsonaro a seu filho, com o objetivo de financiar sua permanência no exterior. A Polícia Federal acredita que as medidas patrimoniais serão mais eficazes para dificultar a atuação do deputado no exterior.
Na última sexta-feira, 18, Jair Bolsonaro foi alvo de uma busca e apreensão, sendo investigado por ter, supostamente, colaborado com ações de Trump que culminaram na aplicação de uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros.
Em resposta à operação da PF, o governo dos EUA anunciou a suspensão do visto de Alexandre de Moraes, além de outros membros do STF, como parte de uma retaliação.
