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ESTRADAS RURAIS

Os pedidos de Zé Teixeira: asfalto, placas e patrolamento na zona rural de Dourados

O transporte agrícola e o acesso às aldeias indígenas dependem de obras urgentes, e o deputado leva essas demandas ao plenário

11 setembro 2024 - 12h48Da redação, com informações da assessoria do parlamentar
Em meio a discussões sobre melhorias na zona rural, o deputado Zé Teixeira (à direita) confere detalhes de propostas na Assembleia Legislativa.
Em meio a discussões sobre melhorias na zona rural, o deputado Zé Teixeira (à direita) confere detalhes de propostas na Assembleia Legislativa. - ( Foto: Agência ALEMS)

Na manhã desta quarta-feira (11), durante sessão da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul, o deputado Zé Teixeira (PSDB) trouxe à tona uma pauta recorrente, mas sempre urgente: as condições precárias das estradas na zona rural de Dourados. Quem mora ou transita por ali já conhece o enredo. Buracos que surgem como crateras após as chuvas, nuvens de poeira seca no período de safra e, quando chove, o barro que parece querer engolir qualquer veículo que se atreva a passar.

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Zé Teixeira, com seu jeito direto, falou em nome dos moradores das aldeias, assentamentos e distritos da região. Entre os pedidos, um dos mais importantes veio de Ramão Fernandes, capitão da Aldeia Jaguapiru, que clamou por um asfalto salvador. São 30 quilômetros de estrada, atualmente de terra, que ligam oito escolas indígenas, quatro Unidades Básicas de Saúde (UBS) e o Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) entre as aldeias Jaguapiru e Bororó. Hoje, os trajetos feitos por estudantes, professores e moradores se tornam uma verdadeira aventura, nem sempre prazerosa.

Teixeira foi pragmático ao apontar o peso demográfico dessas aldeias: "Os territórios indígenas de Dourados têm uma população maior que a de 34 municípios do Mato Grosso do Sul", destacou. A lógica é simples, mas contundente: mais gente, mais necessidade de infraestrutura. Não é apenas uma questão de conforto; é sobre acesso a serviços essenciais, como saúde e educação, que ficam à mercê das condições de uma estrada de chão.

Em outro front, as estradas que servem como artérias para o escoamento da produção agrícola também estão pedindo socorro. O vereador Diogo Castilho, da região, deu o alerta e Zé Teixeira levou o pedido à tribuna. A Linha do Potreirito, a Linha do Barreirinho, o Travessão do Laranja Lima e a Estrada do Betão, rotas por onde transitam toneladas de soja, milho e cana-de-açúcar, sofrem com o desgaste inevitável causado pelo tráfego pesado. Mesmo com tentativas de cascalhamento aqui e ali, as estradas voltam a apresentar problemas logo após a próxima colheita. É um ciclo quase imbatível: chuva, buraco, patrolamento, colheita, buraco de novo.

Enquanto isso, o escoamento das safras, essencial para a economia local e estadual, continua desafiando a resistência dos pneus e a paciência dos motoristas.

E como se isso não fosse suficiente, o deputado lembrou de um detalhe muitas vezes ignorado, mas fundamental: a sinalização das estradas rurais. Em várias dessas vias, não há uma placa sequer para indicar o limite de velocidade, travessias de animais ou curvas perigosas. Não é preciso ser um especialista em trânsito para entender o risco que isso representa. Zé Teixeira pediu ao Governo do Estado que instale as placas e, com isso, ajude a evitar os frequentes acidentes que ocorrem em estradas mal sinalizadas. Para o deputado, é uma questão básica de segurança, algo que, embora pareça simples, ainda não foi devidamente resolvido.

A zona rural de Dourados, entre o pó e o barro, segue como cenário de batalhas diárias para quem mora e trabalha por ali. E Zé Teixeira, com suas demandas, tenta garantir que essas batalhas sejam travadas com um pouco mais de infraestrutura e segurança.

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