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EMENDAS PARLAMENTARES

Dino suspende pagamentos de R$ 4,2 bilhões em emendas e manda PF investigar 'apadrinhamento'

Ministro do Supremo Tribunal Federal afirma que captura das emendas de comissão por líderes partidários contraria decisões anteriores sobre transparência na destinação de recursos

23 dezembro 2024 - 14h00Rayssa Motta
Decisão de Flávio Dino proíbe liberação de R$ 4,2 bilhões em emendas
Decisão de Flávio Dino proíbe liberação de R$ 4,2 bilhões em emendas - (Foto: Wilton Junior/Estadão)

O ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), voltou a suspender a distribuição de emendas parlamentares de comissão. A decisão atinge R$ 4,2 bilhões que estavam previstos para ser pagos até o fim do ano.

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Dino afirma que houve um "apadrinhamento" das emendas pelos líderes partidários, o que na prática impede a identificação dos parlamentares que efetivamente fizeram os pedidos de distribuição.

O sistema de apadrinhamento contraria decisões anteriores do STF, que condicionaram a destinação das emendas aos requisitos da transparência e da rastreabilidade.

"Está configurado um quadro que não se amolda plenamente a decisões do plenário do STF, seguidamente proferidas desde 2022", escreveu Dino.

O ministro também determinou a abertura de um inquérito pela Polícia Federal para investigar a captura das emendas de comissão.

Além disso, a Câmara dos Deputados deve apresentar, em até cinco dias, as atas de todas as reuniões das comissões permanentes que resultaram na aprovação das 5.449 emendas solicitadas ao Executivo.

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