
Um grupo de 35 deputados da oposição brasileira, em grande parte do Partido Liberal (PL), já confirmou presença na posse do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, marcada para 20 de janeiro de 2025, em Washington. A vitória de Trump sobre a vice-presidente Kamala Harris nas eleições de 6 de novembro de 2024 foi amplamente celebrada por esses parlamentares. Eles veem o retorno de Trump à presidência como uma oportunidade de aproximação entre o Brasil e os EUA, especialmente no campo das ideias conservadoras.

A comitiva inclui nomes de destaque da direita brasileira, como Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e Sóstenes Cavalcante (PL-RJ). Eduardo, que é filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, acompanhou a apuração eleitoral americana na Flórida, ao lado de Trump, e considera a vitória do republicano “uma chance de fortalecer a parceria entre os dois países”.
Medalha de Honra para Trump - Além da viagem para a posse, o grupo liderado por Sóstenes Cavalcante anunciou que pretende homenagear Trump com a Medalha de Mérito Legislativo, um reconhecimento oficial oferecido pela Câmara dos Deputados do Brasil a pessoas de grande relevância. Cavalcante explicou que a medalha visa reforçar a amizade entre Brasil e EUA, principalmente após as críticas recentes do presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva, que apoiou a candidatura de Kamala Harris. Segundo Cavalcante, a medalha busca “reafirmar os laços” com o novo governo americano. Caso Trump não possa viajar ao Brasil, a comitiva pretende entregar a honraria durante a posse em janeiro.
Quem vai à posse? - Os deputados que integram a comitiva, em sua maioria do Partido Liberal, representam várias regiões do Brasil. Entre eles, estão nomes conhecidos da base bolsonarista, como Carla Zambelli, Gustavo Gayer, Zé Trovão, e Bia Kicis. Eles justificam a viagem como um “gesto de apoio” e dizem que buscam estreitar as relações entre o Brasil e os EUA sob a nova administração republicana.
Nome |
---|
Gustavo Gayer |
Paulo Bilynskyj |
Zé Trovão |
Capitão Alden |
Fernando Máximo |
Mayra Pinheiro |
Giovani Cherini |
Cristiane Lopes |
Coronel Ulysses |
Daniela Reinehr |
Rodolfo Nogueira |
Delegado Caveira |
Dayany Bittencourt |
Coronel Fernanda |
Fernando Rodolfo |
Cabo Gilberto Silva |
Coronel Meira |
Marcelo Moraes |
Coronel Chrisóstomo |
Carla Zambelli |
Pr Marco Feliciano |
Vermelho Maria |
Silvia Waiãpi |
Medeiros |
Daniel José |
Pedro Lupion |
Maurício Marcon |
Gilvan da Federal |
Evair de Melo |
Sóstenes Cavalcante |
Messias Donato |
Sargento Gonçalves |
Capitão Alberto Neto |
Eduardo Bolsonaro |
Bia Kicis |
O ex-presidente Jair Bolsonaro, amigo próximo de Trump, também manifestou interesse em participar da posse. Entretanto, ele enfrenta restrições legais que o impedem de sair do Brasil. Com o passaporte retido pela Polícia Federal, Bolsonaro espera autorização judicial para poder comparecer ao evento.
Um gesto político - Especialistas comentam que essa viagem da comitiva de deputados tem forte valor simbólico. Ao marcar presença na posse e propor a Medalha de Mérito para Trump, os parlamentares enviam uma mensagem clara de alinhamento político com o novo governo dos Estados Unidos. Ao mesmo tempo, o gesto também pode ser interpretado como uma crítica indireta ao governo Lula, que se mostrou próximo ao Partido Democrata durante a campanha americana.
Essa aproximação dos deputados brasileiros com a gestão de Trump sinaliza uma tentativa de criar uma ponte política e ideológica entre os dois países, fortalecendo a rede conservadora internacional. Contudo, analistas destacam que, embora a presença desses parlamentares e a medalha para Trump sejam ações de apoio, elas têm efeito mais simbólico do que prático na diplomacia formal entre Brasil e EUA.
