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POLÍTICA

Deputados bolsonaristas desmontam acampamento após decisão do STF

Hélio Lopes e Coronel Chrisóstomo haviam montado barracas em protesto contra o que chamaram de "perseguição" a Bolsonaro

26 julho 2025 - 09h22Pepita Ortega
Deputado Helio Lopes quis acampar na Praça dos Três Poders
Deputado Helio Lopes quis acampar na Praça dos Três Poders - (Foto: Divulgação)

Os deputados Hélio Lopes (PL-RJ) e Coronel Chrisóstomo (PL-RO) desmontaram o acampamento que haviam montado na Praça dos Três Poderes, em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF), após decisão do ministro Alexandre de Moraes. O ministro determinou, na noite de sexta-feira, 25, a remoção imediata das barracas e proibiu a permanência dos parlamentares na área. A decisão também incluiu um despacho direto ao governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), instruindo-o a impedir a instalação de novos acampamentos na praça.

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O protesto dos deputados teve como objetivo manifestar repúdio ao que chamaram de "ditadura disfarçada" e "perseguição" ao ex-presidente Jair Bolsonaro. Hélio Lopes foi o primeiro a montar sua barraca, gravando vídeos em suas redes sociais com um esparadrapo na boca e uma camisa estampada com a bandeira de Israel. Nas postagens, ele declarou que estava em "jejum de palavras" como forma de protesto. Lopes também compartilhou um "ofício público" enviado ao presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), solicitando que sua "manifestação pacífica e silenciosa" fosse registrada oficialmente como um ato legítimo de um deputado em exercício.

Após a instalação da barraca de Hélio Lopes, o deputado Coronel Chrisóstomo se juntou à mobilização, acompanhando o protesto com o apoio de outras pessoas, que também demonstravam solidariedade ao ex-presidente Bolsonaro, usando camisetas da seleção brasileira.

Em seu despacho, o ministro Alexandre de Moraes afirmou que os deputados estavam tentando repetir os acampamentos ilegais e golpistas que ocorreram na frente dos quartéis do Exército no ano passado, com o objetivo de subverter a ordem democrática e impedir o funcionamento das instituições republicanas. Diante disso, o magistrado determinou a retirada das barracas e proibiu qualquer tentativa de recriar o acampamento na área. Além disso, Moraes intimou o governador Ibaneis Rocha a não permitir que novos protestos semelhantes acontecessem no local.

A medida judicial e o desfecho da mobilização ocorrem em um contexto de crescente polarização política no Brasil, com tensões em torno do legado do ex-presidente Bolsonaro e das investigações em curso sobre o seu governo e aliados.

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