
Durante discurso na Câmara dos Deputados nesta quarta-feira (28), o deputado federal Rodolfo Nogueira (PL/MS) criticou o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD/MG), exigindo que o parlamentar coloque em pauta o pedido de impeachment do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. Nogueira afirmou que "é o presidente do Senado que tem a caneta para um pedido de impeachment contra o ministro do Supremo Tribunal Federal."

O deputado também mencionou declarações anteriores de Pacheco, nas quais ele defendia a prudência ao tratar do impeachment de Moraes, afirmando que isso evitaria a "esculhambação do Brasil". Em resposta, Nogueira foi contundente: "O país já virou uma esculhambação grande, perante o mundo todo o Brasil está esculhambado e isso é culpa do senhor, que vem sendo um presidente banana ao falhar em defender as prerrogativas dos deputados e senadores."
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Nogueira também rebateu a preocupação de Pacheco em evitar uma ruptura entre os poderes, afirmando que essa ruptura "já aconteceu" e que o Brasil estaria vivendo "um regime e um estado de exceção." O deputado enfatizou que o impeachment de Moraes "só depende do senhor", referindo-se a Pacheco.
Além das críticas diretas, Nogueira mencionou uma reportagem recente da Folha de São Paulo, que denunciou o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por agir fora do rito para investigar parlamentares bolsonaristas. Ele acusou Moraes de utilizar o TSE de maneira extraoficial para perseguir políticos de direita e cobrou de Pacheco uma ação para restaurar o equilíbrio entre os poderes no Brasil: "O senhor como presidente do Senado tem a chave para trazer o equilíbrio novamente entre os poderes do Brasil", reforçou.
Interferência do TSE - A menção à reportagem da Folha de São Paulo aponta que mensagens revelam que Moraes teria utilizado o TSE para investigar bolsonaristas de forma extraoficial. Segundo o jornal, o setor de combate à desinformação do TSE foi acionado informalmente pelo gabinete de Moraes durante e após as eleições de 2022. A reportagem teve acesso a 6 gigabytes de mensagens trocadas entre auxiliares de Moraes, sugerindo ações que poderiam ter sido realizadas fora do protocolo oficial.
