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POLÍTICA E CULTURA INFANTIL

Deputada critica Galinha Pintadinha e Netflix por 'mensagens ideológicas' em conteúdos infanti

Júlia Zanatta acusa desenhos de promoverem agenda de esquerda e lança paródia com personagem armada

3 novembro 2025 - 21h15Bruna Rocha
Deputada do PL critica Galinha Pintadinha e Netflix: 'fábrica de militantes do PSOL'
Deputada do PL critica Galinha Pintadinha e Netflix: 'fábrica de militantes do PSOL' - (Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados)
Terça da Carne

A deputada federal Júlia Zanatta (PL-SC) voltou a provocar polêmica nas redes sociais ao acusar conteúdos infantis de promoverem uma suposta agenda ideológica de esquerda. Em vídeo publicado no Instagram, a parlamentar afirma que o desenho brasileiro Galinha Pintadinha seria uma “fábrica de militantes do PSOL” e critica também a animação Guardiões da Mansão do Terror, da Netflix, por abordar temas de identidade de gênero.

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Durante o vídeo, que já acumula mais de 300 mil visualizações, Zanatta utiliza publicações feitas pelo perfil oficial da Galinha Pintadinha no Instagram como exemplo do que classifica como “mensagens disfarçadas de diversão”. Em uma das postagens citadas, a personagem aparece em uma trend comparando músicas — uma delas, segundo a deputada, remete a uma canção de viés comunista. “Você deixaria seu filho assistir a um desenho que defende a transição de gênero, critica o capitalismo e ainda exalta a União Soviética?”, questiona a parlamentar.

Além da crítica à Galinha Pintadinha, Júlia aponta a animação da Netflix Guardiões da Mansão do Terror (2022) como outro exemplo de “doutrinação ideológica”, citando um personagem que se identifica como pessoa trans. “Crianças pequenas estão sendo expostas a mensagens disfarçadas de diversão e quase ninguém percebe. Pais, fiquem atentos. A educação pertence à família”, escreveu na legenda da publicação.

Na mesma postagem, a deputada afirma que produções culturais voltadas ao público infantil estariam sendo usadas como ferramenta para “atacar a família” e “enfraquecer valores da sociedade”. Segundo ela, trata-se de um plano mais amplo, associado a estratégias de dominação simbólica e construção de imaginário.

Diante da repercussão, Zanatta publicou um novo vídeo em que apresenta uma paródia da personagem, batizada de Galinha Armadinha. Na versão criada por ela, a galinha aparece disparando contra figuras caricatas como a “coruja da censura”, o “Lula cachaceira, que afundou a nação” e o “pavão da mídia, que distorceu a informação”. “No galinheiro dela, ninguém vai mandar”, canta a personagem.

A parlamentar disse que o novo vídeo foi uma resposta ao incômodo gerado pela sua crítica inicial. “É engraçado – o meu vídeo é que está incomodando, e não o conteúdo do Instagram da marca, que se propôs a lacrar. O próprio social media da marca já disse que a personagem sempre foi ‘woke’”, escreveu, usando o termo em inglês frequentemente associado a posicionamentos progressistas.

Júlia Zanatta reforçou que suas manifestações não partem do exercício do cargo, mas de sua visão pessoal como mãe. “Não estou falando como deputada, usando o poder do Estado para atacar a Galinha Pintadinha. Estou falando como mãe, que compartilha uma preocupação enquanto pais. Sei que muitos outros pais também não querem esse tipo de conteúdo sendo passado aos seus filhos”, declarou.

A parlamentar encerrou sua declaração com críticas a quem minimiza o impacto de conteúdos simbólicos no desenvolvimento das crianças. “Quem debocha desse tipo de preocupação ignora o impacto dos esquemas linguísticos e simbólicos transmitidos através do que consumimos”, concluiu.

Até o momento, os responsáveis pela Galinha Pintadinha e pela Netflix Brasil não se manifestaram publicamente sobre as críticas da parlamentar.

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