
A Corregedoria da Câmara dos Deputados recebeu, nesta segunda-feira (11), representações contra 14 parlamentares da oposição acusados de comandar a ocupação do plenário e da Mesa Diretora por cerca de 30 horas, em 5 e 6 de agosto. A ação impediu o funcionamento da Casa e gerou um impasse político que agora será analisado formalmente.

Entre os nomes estão figuras de projeção nacional, como Bia Kicis (PL-DF), Carlos Jordy (PL-RJ), Marcel van Hattem (Novo-RS) e Nikolas Ferreira (PL-MG), todos conhecidos pela atuação combativa contra o governo. Também integram a lista Marco Feliciano (PL-SP), Zé Trovão (PL-SC) e Marcos Pollon (PL-MS), entre outros líderes da base de direita no Congresso.
O corregedor Diego Coronel (PSD-BA) tem 48 horas para apresentar parecer sobre as acusações. Caso a Mesa Diretora acate as recomendações e envie os processos ao Conselho de Ética, as penalidades poderão incluir suspensão de mandato por até seis meses. Mesmo assim, os parlamentares terão direito a recurso no plenário.
O rito prevê análise prioritária no Conselho de Ética, com prazo de três dias úteis para cada caso. A suspensão só será confirmada com o voto da maioria absoluta da Câmara (257 deputados). Se o Conselho não deliberar no prazo, a Mesa pode levar a decisão diretamente ao plenário.
A deputada Camila Jara (PT-MS), acusada por Nikolas Ferreira de tê-lo empurrado durante o episódio, não foi denunciada até o momento.
Deputados denunciados:
- Allan Garcês (PP-MA)
- Bia Kicis (PL-DF)
- Carlos Jordy (PL-RJ)
- Caroline de Toni (PL-SC)
- Domingos Sávio (PL-MG)
- Júlia Zanatta (PL-SC)
- Marcel van Hattem (Novo-RS)
- Marco Feliciano (PL-SP)
- Marcos Pollon (PL-MS)
- Nikolas Ferreira (PL-MG)
- Paulo Bilynskyj (PL-SP)
- Sóstenes Cavalcante (PL-RJ)
- Zé Trovão (PL-SC)
- Zucco (PL-RS)
