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POLÍTICA

Alexandre de Moraes defende legalidade do processo e acesso amplo de defesa de Bolsonaro

Relator do STF destaca que advogados de Bolsonaro e aliados tiveram acesso integral às provas e que delação de Mauro Cid seguiu a legalidade

2 setembro 2025 - 09h03Pepita Ortega e Lavínia Kaucz
Ministro Alexandre de Moraes, do STF, durante discurso de abertura do julgamento de Jair Bolsonaro e aliados, em 2 de setembro de 2025.
Ministro Alexandre de Moraes, do STF, durante discurso de abertura do julgamento de Jair Bolsonaro e aliados, em 2 de setembro de 2025. - (Foto: Reprodução)
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O ministro Alexandre de Moraes, relator da ação penal sobre a tentativa de golpe de Estado no Supremo Tribunal Federal (STF), deu início nesta terça-feira (2) à leitura de seu relatório, destacando a legalidade do processo e o amplo acesso das defesas às provas do caso. Moraes enfatizou que os advogados do ex-presidente Jair Bolsonaro e dos outros sete réus, aliados do ex-chefe do Executivo, tiveram acesso integral aos mesmos documentos e informações que o Ministério Público Federal (MPF) utilizou para apresentar as denúncias.

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“O devido processo legal configura dupla proteção ao indivíduo, atuando tanto no âmbito material e proteção ao direito de verdade quanto no âmbito formal, ao assegurar qualidade total de condições com estado persecutor e plenitude de defesa”, afirmou Moraes ao ler a ementa do seu relatório.

O ministro também comentou a delação premiada de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, destacando que ela foi firmada dentro da legalidade e com respeito aos direitos dos envolvidos.

Moraes fez um resumo detalhado da instrução do processo, mencionando as datas dos pedidos, decisões e oitivas realizadas. No total, 54 testemunhas foram ouvidas durante a instrução, sendo quatro da acusação e 50 da defesa. Ele também citou a investigação aberta contra o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) por tentativa de obstrução da ação penal referente ao golpe de Estado.

O julgamento de Bolsonaro e seus aliados, acusados de crimes como tentativa de golpe de Estado, organização criminosa armada e tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito, teve início nesta terça-feira e deve prosseguir até o dia 12 de setembro.

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