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Presidente da Conafer promete se entregar à PF após ser alvo de operação por fraudes no INSS

Carlos Lopes é suspeito de liderar esquema de desvio de aposentadorias e pagamentos de propina a políticos e dirigentes do INSS

17 novembro 2025 - 13h50Aguirre Talento
Carlos Lopes, presidente da Conafer, é investigado por fraudes no INSS e promete se entregar à Polícia Federal
Carlos Lopes, presidente da Conafer, é investigado por fraudes no INSS e promete se entregar à Polícia Federal - (Foto: Agência Brasil)

A Confederação Nacional dos Agricultores Familiares e Empreendedores Rurais (Conafer) confirmou nesta segunda-feira (17) que seu presidente, Carlos Lopes, irá se entregar à Polícia Federal nos próximos dias. A informação foi divulgada por meio de nota oficial da entidade, após Lopes ser alvo de mandado de prisão preventiva no âmbito da nova fase da Operação Sem Desconto, autorizada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), André Mendonça.

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Carlos Lopes era considerado foragido desde a deflagração da operação, na última semana, após não ser localizado pelos agentes federais. Ele é investigado por liderar um suposto esquema de desvio de aposentadorias do INSS, operado a partir da própria estrutura da Conafer, com indícios de pagamentos periódicos de propina a dirigentes do Instituto e políticos.

Na nota, a Conafer informou que a ausência de Lopes durante a operação não teria ocorrido por tentativa de fuga, mas sim porque o dirigente estaria em “área de difícil acesso” e com “limitações de comunicação”. A confederação garantiu que ele já está em deslocamento de retorno e que irá se apresentar “assim que tiver acesso aos autos”.

“Ressalta-se que sua ausência não decorreu, em nenhum momento, de tentativa de evasão, ocultação ou resistência à atuação das autoridades públicas”, diz o texto. A entidade afirma ainda que sua assessoria jurídica acompanha o caso de forma “transparente e colaborativa”.

A Conafer também criticou a forma como a operação foi divulgada por parte da imprensa, acusando veículos de “distorcer fatos” e “alimentar um ambiente de especulação”. “A Conafer manifesta seu repúdio à forma sensacionalista com que parte da imprensa tem tratado o tema, antecipando juízos e criando narrativas que não condizem com a verdade”, declarou.

A Operação Sem Desconto investiga a existência de um esquema de fraudes estruturado dentro da própria Conafer. Segundo as apurações da PF, o grupo manipulava dados e documentos para obter benefícios previdenciários fraudulentos, com favorecimento de membros ligados à entidade.

Carlos Lopes passou a ser investigado após delações e evidências apontarem sua ligação com operadores financeiros e servidores do INSS. A nova fase da Operação Sem Desconto foi autorizada pelo STF por envolver suspeitas de envolvimento de agentes públicos com foro privilegiado. O caso tramita em sigilo.

Até o momento, a Polícia Federal já apreendeu documentos, dispositivos eletrônicos e realizou o bloqueio de contas bancárias e bens dos suspeitos. Os valores desviados ainda estão em apuração, mas podem ultrapassar milhões de reais, conforme apuração inicial.

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