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Defesa de Bolsonaro tem até sexta-feira para explicar plano de asilo político na Argentina
A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro contestou ao Supremo Tribunal Federal (STF) as acusações feitas no relatório da Polícia Federal (PF) que apontam descumprimento das medidas cautelares impostas pelo ministro Alexandre de Moraes. Os advogados de Bolsonaro, liderados por Celso Vilardi, argumentaram que o relatório não tem base factual e é uma tentativa de desmoralizar o ex-presidente.

Vilardi descreveu o relatório como uma "peça política", com o objetivo de prejudicar a imagem do ex-presidente, e destacou que a maior parte do documento se dedica a rumores e acusações sem substância. Ele também criticou a divulgação de conversas privadas entre Bolsonaro e seu filho, o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), além das informações sobre suas transações financeiras.
A defesa afirma que não houve violação das ordens de Moraes, especialmente no que diz respeito ao uso de redes sociais. Segundo o advogado, em nenhum momento as decisões mencionaram restrições ao uso do WhatsApp, ferramenta de comunicação usada por Bolsonaro com seus aliados. Além disso, Vilardi argumentou que não há ilegalidade nas mensagens trocadas, uma vez que Bolsonaro interrompeu a comunicação com Eduardo após a imposição das restrições.
Outro ponto de contenda foi a suspeita de que Bolsonaro estivesse planejando fugir para a Argentina, com base na descoberta de um rascunho de pedido de asilo ao presidente argentino, Javier Milei. A defesa de Bolsonaro esclareceu que o documento era de 2024 e que um pedido de prisão preventiva precisaria de fatos contemporâneos para justificar tal medida. Os advogados insistem que o ex-presidente não tentou fugir e seguiu todas as ordens judiciais, inclusive a que o impedia de viajar para o exterior.
Além disso, a defesa negou que existissem elementos criminais nas conversas entre Bolsonaro e o advogado Martin de Luca, que representa a plataforma de redes sociais Rumble. Quanto à mensagem recebida por Bolsonaro do general Walter Braga Netto, a defesa explicou que o ex-presidente não respondeu, reafirmando o cumprimento das medidas cautelares.
O ministro Alexandre de Moraes agora enviará o processo à Procuradoria-Geral da República (PGR) para que o procurador-geral, Paulo Gonet, se manifeste sobre o possível descumprimento das medidas. Segundo fontes do Estadão, a PGR acredita que as novas evidências não são suficientes para pedir a prisão preventiva de Bolsonaro.
