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Maioria rejeita candidatos que defendem anistia a Bolsonaro por 8 de janeiro, aponta Datafolha

Levantamento mostra que 61% dos eleitores não votariam em políticos que prometem livrar o ex-presidente de punições ligadas aos atos golpistas em Brasília

3 agosto 2025 - 17h20Gustavo Nicoletta
Ex-presidente Jair Bolsonaro
Ex-presidente Jair Bolsonaro - (Foto: WILTON JUNIOR/ ESTADÃO)

Um levantamento do Instituto Datafolha revelou que a maioria dos brasileiros rejeita candidatos que prometem anistiar o ex-presidente Jair Bolsonaro por seu envolvimento nos ataques de 8 de janeiro de 2023. De acordo com a pesquisa, 61% dos entrevistados afirmaram que não votariam "de jeito nenhum" em políticos com esse tipo de proposta.

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A pesquisa investigou a receptividade do eleitorado à ideia de perdoar judicialmente Bolsonaro e aliados condenados ou investigados pelos atos que resultaram na invasão e depredação das sedes dos Três Poderes, em Brasília.

Além da rejeição expressiva, 19% dos entrevistados disseram que “votariam com certeza” em um candidato que defendesse a anistia, enquanto 14% afirmaram que “talvez” dariam esse voto. Outros 6% responderam que não sabem ou preferiram não opinar.

O resultado da pesquisa aponta que a anistia a envolvidos no 8 de janeiro pode ser um tema sensível nas próximas eleições. A grande maioria do eleitorado demonstra resistência a propostas de perdão aos responsáveis pelos atos antidemocráticos, o que pode influenciar diretamente o discurso e a estratégia de campanha de futuros candidatos ligados ao bolsonarismo.

A rejeição atinge de forma direta o ex-presidente Jair Bolsonaro, que é alvo de investigações relacionadas ao planejamento e incentivo dos atos golpistas ocorridos no início de 2023. Ao mesmo tempo, o dado mostra que, embora minoritária, há uma parcela relevante do eleitorado que ainda apoia narrativas de anistia e perdão político.

O levantamento foi feito presencialmente com 2.004 pessoas com 16 anos ou mais, em 130 municípios de todas as regiões do país. As entrevistas foram realizadas nos dias 29 e 30 de julho de 2025. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.

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