
Flávio Bolsonaro chega à pré-campanha presidencial de 2026 com baixa adesão do eleitorado de direita. Dados do Datafolha divulgados neste sábado (6) indicam que apenas 8% dos entrevistados consideram o senador o nome mais adequado para representar o ex-presidente Jair Bolsonaro na disputa.
O levantamento foi concluído antes de Flávio anunciar sua pré-candidatura, oficializada nesta sexta-feira (5) com aval do pai, que cumpre pena na sede da Polícia Federal em Brasília.
Michelle Bolsonaro e Tarcísio de Freitas se destacam como opções mais fortes dentro do campo bolsonarista. A ex-primeira-dama aparece em primeiro, com 22% das menções, seguida pelo governador de São Paulo, com 20%. O deputado Eduardo Bolsonaro, irmão de Flávio, supera o senador, registrando 9%.
No anúncio da pré-campanha, Flávio afirmou que recebeu do pai a missão de dar continuidade ao “projeto de nação” do bolsonarismo. A pesquisa, porém, mostra que o eleitorado sinaliza resistência ao nome escolhido. O Datafolha ouviu 2.002 pessoas entre 2 e 4 de dezembro, em 113 municípios, com margem de erro de dois pontos percentuais.
Outros nomes cotados da direita também foram testados. Ratinho Jr. (PR) registra 8%, Ronaldo Caiado (GO) soma 6% e Romeu Zema (MG) aparece com 4%.
Segundo turno
O estudo também avaliou como esses candidatos se sairiam contra o presidente Lula em um possível segundo turno. Flávio apresenta o pior desempenho entre os nomes avaliados: teria 36% dos votos, contra 51% do petista — uma diferença de 15 pontos. O senador acumula ainda 38% de rejeição.
Tarcísio e Ratinho aparecem em cenário mais competitivo. Ambos alcançariam mais de 40% dos votos em um confronto direto, enquanto Lula teria 47% nas duas simulações.

