Nesta quarta-feira (17 de setembro), o deputado federal Dagoberto Nogueira (PSDB) assumiu a coordenação da bancada federal de Mato Grosso do Sul no Congresso Nacional. Ele herda a função da senadora Soraya Thronicke (Podemos), que ocupava o posto desde o segundo semestre do ano passado.
A missão é simples de explicar: coordenar a bancada significa juntar oito deputados e três senadores em torno de uma pauta única. Na prática, é bater à porta dos ministérios em Brasília, negociar verbas, pressionar órgãos federais e trazer para o Estado investimentos em saúde, educação, rodovias e segurança pública.
Dagoberto tomou posse falando em união. “Assumir a coordenação da Bancada Federal é uma honra e uma grande responsabilidade. Vou trabalhar para que nossas diferenças políticas fiquem de lado e possamos agir de forma unida em defesa do nosso Estado”, disse o deputado.
A bancada sul-mato-grossense tem nomes de partidos diferentes: Dagoberto Nogueira, Beto Pereira (PSDB), Camila Jara (PT), Vander Loubet (PT), Geraldo Resende (PSDB), Dr. Luiz Ovando (PP), Marcos Pollon (PL) e Rodolfo Nogueira (PL). No Senado, Soraya Thronicke (Podemos), Nelsinho Trad (PSD) e Tereza Cristina (PP).
O posto já foi ocupado antes por Vander Loubet (PT), em 2023, e por Soraya, em 2024. Antes deles, nomes como Waldemir Moka e Geraldo Resende também assumiram a função. O rodízio é comum: cada coordenador tenta imprimir seu estilo e, ao mesmo tempo, manter algum consenso.
Dagoberto não chega sem experiência. Formado em direito e administração, foi deputado estadual, secretário de Segurança Pública no governo Zeca do PT e presideu o PDT em Mato Grosso do Sul. Está no quarto mandato como deputado federal e hoje é coordenador do PSDB na Comissão Mista de Orçamento. No currículo, também votações polêmicas: contra o impeachment de Dilma Rousseff, contra a PEC do Teto e contra a Reforma Trabalhista.
Agora, no comando da bancada, Dagoberto se apresenta como articulador. O desafio é menos teórico e mais prático: conseguir que onze parlamentares de partidos diferentes falem a mesma língua quando se trata de recursos para Mato Grosso do Sul.
