Grupo Feitosa de Comunicação
(67) 99974-5440
(67) 3317-7890
04 de novembro de 2025 - 20h36
maracaju azul
SEGURANÇA AÉREA

Belém terá caças e zonas restritas durante cúpula da COP30

Força Aérea vai usar aviões de combate, mísseis e equipamentos anti-drones nos dias 6 e 7 de novembro

4 novembro 2025 - 18h00
O comandante de Operações Aeroespaciais, Tenente-Brigadeiro do Ar Alcides Teixeira Barbacovi
O comandante de Operações Aeroespaciais, Tenente-Brigadeiro do Ar Alcides Teixeira Barbacovi - (Foto: CECOMSAER/Divulgação)
Terça da Carne

Durante a Cúpula dos Líderes da COP30, que acontece em Belém (PA) nos dias 6 e 7 de novembro, a Força Aérea Brasileira (FAB) vai mobilizar uma operação de segurança aérea inédita no país. A medida inclui o uso de caças, helicópteros, mísseis, aeronaves de vigilância, reabastecimento em voo e até equipamentos anti-drones para proteger o espaço aéreo da capital paraense.

Canal WhatsApp

A estratégia de segurança será coordenada pelo Comando de Operações Aeroespaciais (Comae), que também definirá quem poderá ou não sobrevoar a região durante o evento. A operação busca garantir a soberania nacional e prevenir qualquer tipo de ameaça aérea em um dos principais encontros internacionais sobre mudanças climáticas do mundo.

Aeronaves e armamento mobilizado - Para o patrulhamento aéreo e resposta rápida a possíveis violações, a FAB utilizará os caças F-5M equipados com mísseis Python 4 e os turboélices A-29 Super Tucano. A vigilância será reforçada com a aeronave radar E-99, especializada no monitoramento do tráfego aéreo.

O helicóptero H-60L Black Hawk também fará parte da operação, com atuação em missões de busca, salvamento e transporte de equipes táticas para ações em solo. Já o avião KC-390 Millennium será usado como plataforma de reabastecimento aéreo dos caças F-5M, permitindo que as aeronaves permaneçam em operação por períodos prolongados.

“Para nós, será um tanque de combustível no ar, fazendo com que o F-5 possa voar o tempo todo”, explicou o Tenente-Brigadeiro do Ar Alcides Teixeira Barbacovi, comandante de Operações Aeroespaciais.

Combate a drones será intensificado - Outro ponto crítico abordado pela FAB é o uso indevido de drones. Com a popularização desses equipamentos e o aumento de voos próximos ao Aeroporto Internacional de Belém, a atuação de sistemas anti-drones será reforçada.

“Precisamos que a segurança da navegação aérea seja reforçada”, alertou Barbacovi.

Espaço aéreo terá zonas restritas - Durante os dois dias de Cúpula, o espaço aéreo de Belém será dividido em quatro zonas com diferentes níveis de restrição, todas com base no Hangar Centro de Convenções da Amazônia, onde o evento será sediado:

  • Área branca (reservada): raio de 148 km. Voos precisam de autorização prévia.

  • Área amarela (restrita): raio de 111 km. Exige processo de autorização junto ao Comae.

  • Área vermelha (proibida): raio de 8 km. Apenas voos autorizados para missões específicas.

  • Área de supressão: raio de 2 km. Acesso exclusivo para aeronaves em missões de apoio à vida humana, mediante autorização especial da Autoridade de Defesa Aeroespacial.

A ativação dessas zonas começará uma hora antes do início das atividades da cúpula e seguirá até uma hora após o encerramento de cada dia de evento. Em situações extraordinárias, poderão ser ativadas por ordem direta.

Rigor contra violações - O controle do espaço aéreo será amparado pelo Decreto Nº 12.699, de 29 de outubro de 2025, que define os procedimentos para identificação, interceptação e até destruição de aeronaves que ofereçam risco à segurança da COP30.

Pelo decreto, uma aeronave será considerada suspeita caso voe sem plano aprovado, omita informações obrigatórias, não possua marcas de identificação ou adentre áreas restritas sem autorização. Caso o risco seja confirmado e classificado como ameaça hostil, o decreto permite medidas de destruição.

Assine a Newsletter
Banner Whatsapp Desktop