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POLÍTICA

Valdemar Costa Neto recua e diz que errou ao falar em "planejamento de golpe"

Presidente do PL afirma que queria se referir a "movimento" de apoiadores e reafirma fidelidade a Jair Bolsonaro após críticas de aliados

16 setembro 2025 - 10h30Raisa Toledo
Em fala no sábado, Valdemar Costa Neto reconheceu ter havido 'planejamento de golpe' no governo Bolsonaro
Em fala no sábado, Valdemar Costa Neto reconheceu ter havido 'planejamento de golpe' no governo Bolsonaro - (Foto: Beto Barata/ PL)
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O presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, recuou nesta segunda-feira (15) de uma declaração feita no sábado (13), quando disse que houve um “planejamento de golpe” no Brasil. Em entrevista à BandNews TV, ele afirmou que “se expressou mal” e que pretendia usar a palavra “movimento” para descrever a mobilização de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro.

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“Nunca o Bolsonaro pensou nisso. Eu falei planejamento, eu errei, eu tinha que ter falado movimento. É um movimento de muita gente que queria que a gente tomasse uma providência contra o Lula”, declarou. Segundo ele, advogados e simpatizantes chegaram a enviar cartas e propostas questionando se o partido permitiria a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Valdemar disse ter percebido o “erro” ao assistir à gravação de sua fala, explicando que estava “muito à vontade” no Rocas Festival, em Itu (SP), onde participava de um painel voltado ao setor de cavalos de luxo.

No evento, ele também defendeu que a condenação dos oito réus do núcleo central da tentativa de golpe, determinada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), deveria ser “respeitada”, o que provocou reação negativa de aliados bolsonaristas.

As declarações geraram críticas de nomes ligados ao ex-presidente. O deputado federal Ricardo Salles (Novo-SP) escreveu no Instagram: “PQP, com um líder desse, quem precisa de inimigo?!?”. O ex-ministro Fabio Wajngarten alertou que insistir em explicações só aumentaria a repercussão: “Quando não se tem o que falar, é melhor não falar”.

O blogueiro Paulo Figueiredo, próximo ao deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), ironizou: “Como eu sempre digo: não estamos nesta m**** de dar gosto à toa”. A deputada Caroline de Toni (PL-SC), de forma indireta, afirmou que “não houve golpe em 8 de Janeiro”, classificando a narrativa como perseguição à direita.

Valdemar reafirmou sua lealdade a Jair Bolsonaro: “Enquanto eu estiver vivo, eu vou ser fiel ao Bolsonaro”. Ele disse ainda que caberá ao ex-presidente decidir quem será o candidato à Presidência na chapa nacional do PL em 2026, mesmo com articulações com outros partidos em nível estadual.

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