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02 de outubro de 2025 - 14h29
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NACIONAL

Ex-procurador do INSS é convocado pela CPMI após suspeita de envolvimento em esquema de propina

Esposa e irmã do ex-servidor também prestarão depoimento; presidente da comissão ameaça pedir condução coercitiva de investigados que evitam comparecer

2 outubro 2025 - 11h35Gustavo Côrtes
Fraudes no INSS levaram o presidente do instituto a pedir demissão.
Fraudes no INSS levaram o presidente do instituto a pedir demissão. - Foto: Marcello Casal/Agência Brasil

CPMI do INSS aprovou nesta quinta-feira (2) a convocação do ex-procurador da autarquia, Virgílio Antônio Ribeiro de Oliveira Filho, investigado por facilitar descontos ilegais em aposentadorias em troca de propina. A empresa da esposa dele, Thaisa Hoffmann, teria recebido R$ 11,9 milhões por pareceres jurídicos que beneficiavam entidades envolvidas no esquema.

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Parte do dinheiro teria vindo de uma empresa ligada a Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como “Careca do INSS”. Virgílio foi afastado do cargo pela Polícia Federal, e seu depoimento à comissão ainda não tem data definida. Thaisa e Maria Paula Xavier, irmã dele, também serão ouvidas pela CPMI.

No mês passado, os sigilos bancários de Virgílio e de outras 66 pessoas físicas e 91 entidades foram quebrados por decisão da comissão, que investiga a prática de cobranças indevidas a aposentados.

O presidente da CPMI, senador Carlos Viana (Podemos-MG), afirmou que alguns convocados têm evitado o comparecimento. Caso o comportamento continue, ele promete acionar a Justiça para pedir conduções coercitivas. Um dos alvos dessa medida pode ser Milton Baptista de Souza, o “Milton Cavalo”, presidente do Sindnapi, sindicato acusado de cobrar mensalidades sem autorização.

A CPMI já decretou a prisão de dois depoentes por mentirem à comissão: Rubens de Oliveira, suposto operador financeiro, e Carlos Roberto Lopes, da Conafer. Ambos foram soltos, mas Viana garantiu que seguirá com a mesma postura: "Mentiu, vai preso."

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