
O presidente da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS, senador Carlos Viana (Podemos-MG), determinou nesta terça-feira, 26, a proibição de jornalistas e demais presentes de fotografarem ou registrarem informações pessoais de parlamentares dentro da sala da comissão, como dados exibidos em celulares ou computadores.

Segundo o senador, quem descumprir a norma terá a credencial suspensa.
“Toda e qualquer informação particular dos parlamentares, seja em telefone celular, seja em computadores, seja em relatórios, está preservada por sigilo de lei”, afirmou Viana.
A medida foi criticada pela senadora Eliziane Gama (PSD-MA), que classificou a decisão como uma forma de censura.
“A gente não pode criar uma certa mordaça para o jornalista. O critério maior é se o parlamentar está tendo acesso a documentos sigilosos. Agora, o cerceamento dessa liberdade é preocupante”, disse.
Em 2023, o então presidente da CPMI do 8 de Janeiro, deputado Arthur Maia (União-BA), já havia editado ato com limitações ao trabalho da imprensa. O texto proibia jornalistas de divulgar documentos confidenciais e conteúdos de mensagens de celulares de parlamentares que estivessem visíveis durante as sessões.
Na época, a restrição foi motivada após a divulgação, pelo Estadão, de uma mensagem recebida pela então deputada e presidente do PT, Gleisi Hoffmann — hoje ministra das Relações Institucionais — em que o coordenador-geral da FUP, Deyvid Bacelar, criticava indicações para o Conselho de Administração da Petrobras.
