A estrutura do crime organizado no Brasil, com foco nas milícias e facções criminosas, será alvo de uma nova Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) no Senado. A instalação está marcada para a próxima terça-feira, 4 de novembro, e foi confirmada pelo presidente da Casa, Davi Alcolumbre (União-AP), durante sessão plenária.
A comissão nasce em meio ao aumento da pressão por respostas institucionais, dias após uma operação policial no Rio de Janeiro que resultou em mais de uma centena de mortes. O episódio reacendeu o debate sobre o avanço de grupos criminosos e o papel do Estado no enfrentamento à violência.
Proposta pelo senador Alessandro Vieira (MDB-SE), a CPI terá 11 membros titulares e 7 suplentes, com prazo inicial de 120 dias para atuação. A comissão poderá convocar autoridades, requisitar documentos e realizar audiências com especialistas.
"A comissão irá apurar a estruturação, a expansão e o funcionamento do crime organizado", destacou Alcolumbre. O senador Alessandro Vieira, autor do pedido, é cotado para assumir a relatoria.
O objetivo é entender como milícias e facções têm operado no país, tanto no tráfico de drogas quanto em esquemas de corrupção, extorsão e controle territorial. A CPI também pretende propor medidas que fortaleçam o combate ao crime e a segurança da população.
A expectativa é de que o grupo atue de forma técnica e produtiva, evitando o uso político de um tema tão sensível para o país. O Senado deve anunciar em breve a composição final da comissão e o calendário de atividades.
