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19 de novembro de 2025 - 18h49
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POLÍTICA

CPI do Crime Organizado no Senado ouvirá governadores a partir de dezembro

Fabiano Contarato e Alessandro Vieira lideram os trabalhos; colegiado já ouviu Polícia Federal e Secretaria Nacional de Políticas Penais

19 novembro 2025 - 16h15Verônica Daminelli
Senador Fabiano Contarato (PT-ES), presidente da CPI do Crime Organizado, conduz sessão no Senado.
Senador Fabiano Contarato (PT-ES), presidente da CPI do Crime Organizado, conduz sessão no Senado. - Foto: Andressa Anholete/Agência Senado

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Crime Organizado no Senado Federal começará a ouvir governadores e secretários de Segurança Pública na primeira semana de dezembro. O anúncio foi feito nesta quarta-feira (19) pelo presidente do colegiado, senador Fabiano Contarato (PT-ES). Ao todo, 22 autoridades de 11 Estados foram convidadas para prestar esclarecimentos sobre o avanço das facções criminosas e as ações estaduais no combate à violência.

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A ordem das oitivas será definida em conjunto por Contarato e pelo relator da CPI, senador Alessandro Vieira (MDB-SE), que pretende aprofundar o diagnóstico sobre a atuação do crime organizado no país. A instalação da CPI foi impulsionada após a operação que matou 121 pessoas nos Complexos da Penha e do Alemão, no Rio de Janeiro, em outubro, reacendendo o debate sobre segurança pública.

Entre os convidados estão os governadores Clécio Luís (AP), Jerônimo Rodrigues (BA), Raquel Lyra (PE), Elmano de Freitas (CE), Paulo Dantas (AL), Jorginho Melo (SC), Ratinho Júnior (PR), Eduardo Leite (RS), Ibaneis Rocha (DF), Cláudio Castro (RJ) e Tarcísio de Freitas (SP), além de seus secretários estaduais de segurança.

Na primeira fase da CPI, o colegiado já ouviu o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, e o diretor de Inteligência Penal da Secretaria Nacional de Políticas Penais, Antônio Glautter de Azevedo Morais. Ambos alertaram sobre a falta de padronização entre os sistemas prisionais e o poder paralelo das facções nas penitenciárias.

Contarato classificou como "inadmissível" a existência de uma "justiça paralela" operada por organizações criminosas dentro das cadeias. “As ordens do crime, muitas vezes, chegam mais rápido que os ofícios oficiais”, criticou.

A expectativa é que a CPI contribua com propostas concretas para reforçar a cooperação entre União e Estados no enfrentamento ao crime organizado, hoje beneficiado pela fragmentação e falta de integração entre os sistemas de segurança.

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