
O deputado estadual Coronel David (PL), com histórico de atuação na segurança pública de Mato Grosso do Sul, se posicionou contra a polêmica envolvendo o projeto de lei conhecido como “Lei Anti-Facção”, em tramitação no Congresso Nacional. Para ele, críticas direcionadas ao relator da proposta, deputado federal Guilherme Derrite (PP-SP), sobre um suposto enfraquecimento da Polícia Federal são infundadas e fazem parte de uma tentativa de distorcer o debate.
Segundo Coronel David, o texto original do projeto, enviado pelo governo federal, previa medidas consideradas frágeis no enfrentamento ao crime organizado, como a possibilidade de redução de pena para criminosos ligados a facções. Ele também argumenta que a proposta restringia a atuação no combate às facções à Polícia Federal, sem incluir as polícias estaduais — que, na avaliação do deputado, são as que estão na linha de frente no enfrentamento diário da criminalidade organizada.
“O texto enviado pelo governo não mencionava o trabalho fundamental das polícias Civil, Militar, Penal e das inteligências estaduais, que são quem mais atuam diretamente nas ruas contra o crime organizado”, afirmou. Como relator da proposta, Derrite teria feito as correções necessárias ao ampliar o alcance da lei, incluir todas as forças estaduais e endurecer as penas, que agora podem ultrapassar 40 anos nos casos mais graves. “A PF não perdeu poder. Nenhuma investigação foi limitada. A verdade é que o texto foi fortalecido”, completou Coronel David.
Atuação no MS e defesa do endurecimento da lei - Com experiência acumulada no comando de tropas como o BOPE e o Batalhão de Choque, ambos criados durante sua trajetória na segurança pública do Estado, Coronel David atualmente preside a Comissão de Segurança Pública e Defesa Social na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul. Ele tem defendido a integração das forças estaduais e a criação de um marco legal mais robusto para combater o avanço das facções criminosas.
“O Brasil precisa de uma lei que enfrente com firmeza o crime organizado e que valorize quem está na linha de frente. Fortalecer as forças estaduais é inadiável. Cortar a raiz do crime organizado é urgente”, afirmou o parlamentar, que também é favorável à aprovação do Marco Legal do Combate ao Crime Organizado.
O deputado encerrou seu posicionamento com uma provocação ao público: “Você fica com quem fortalece bandido ou com quem fortalece a polícia?”, questionou.

