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13 de outubro de 2025 - 17h25
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ECONOMIA VERDE

Brasil apresenta cinco prioridades para ampliar financiamento climático na COP30

Fernando Haddad detalha estratégias do Círculo de Ministros de Finanças e antecipa plano trilionário até 2035

13 outubro 2025 - 14h35Cícero Cotrim, Mateus Maia e Renan Monteiro
Haddad apresenta prioridades para ampliar financiamento climático de países em desenvolvimento rumo à COP30.
Haddad apresenta prioridades para ampliar financiamento climático de países em desenvolvimento rumo à COP30. - Foto: Reprodução

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou nesta segunda-feira (13) as cinco prioridades estratégicas que serão apresentadas pelo Círculo de Ministros de Finanças da COP30 para ampliar o financiamento climático global, especialmente voltado aos países em desenvolvimento. A declaração ocorreu durante a Pré-COP, encontro preparatório realizado em Brasília.

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Segundo Haddad, o objetivo é transformar metas ambientais ambiciosas em resultados concretos com foco em inovação, cooperação e escala. As propostas do Círculo serão formalmente apresentadas na COP30, marcada para novembro de 2025, em Belém (PA).

As cinco prioridades do financiamento climático:

Aumentar o financiamento concessional e os fundos climáticos

Reformar os bancos multilaterais de desenvolvimento

Fortalecer capacidades domésticas e plataformas de país

Promover inovação financeira e mobilizar o setor privado

Aprimorar os marcos regulatórios do financiamento climático

Além disso, o grupo trabalha em frentes complementares, como o Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF), a Coalizão Aberta para Integração dos Mercados de Carbono e a criação de uma Supertaxonomia — mecanismo que busca alinhar diferentes taxonomias nacionais voltadas a investimentos sustentáveis.

Relatório será apresentado ao Banco Mundial e FMI - O relatório final do Círculo será entregue esta semana em Washington (EUA), durante os encontros anuais do Banco Mundial e do Fundo Monetário Internacional (FMI). Em novembro, as propostas serão discutidas novamente em São Paulo, durante a reunião preparatória da COP30.

“Essas iniciativas traduzem, de forma prática, o que o Círculo tem defendido: cooperação, inovação e escala para transformar ambição em resultados concretos”, afirmou Haddad.

Outro destaque do discurso do ministro foi a construção do chamado "Mapa do Caminho de Baku a Belém para US$ 1,3 trilhão". O documento traça os meios para alcançar o financiamento anual necessário aos países em desenvolvimento até 2035. Os recursos são destinados à implementação de ações para mitigação e adaptação às mudanças climáticas.

A proposta nasce como desdobramento da COP de 2024, realizada em Baku (Azerbaijão), onde ficou acordado que países desenvolvidos devem liderar o financiamento climático, garantindo ao menos US$ 300 bilhões anuais — valor considerado ainda muito abaixo do necessário.

O Brasil, que sedia a próxima conferência climática global, será coautor do plano ao lado do Azerbaijão. A meta é garantir que o financiamento suba gradualmente até atingir US$ 1,3 trilhão por ano, criando uma rota clara e ambiciosa de apoio à transição ecológica em países do Sul Global.

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