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PEC DA BLINDAGEM

Como votaram os deputados de Mato Grosso do Sul na PEC da blindagem

Quatro votaram a favor, dois contra; saiba quem se protegeu e quem rejeitou a proposta que limita punições a políticos

17 setembro 2025 - 08h33Redação
Maioria dos deputados de Mato Grosso do Sul votaram a favor da PEC
Maioria dos deputados de Mato Grosso do Sul votaram a favor da PEC - (Foto: Agência Câmara)
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Na noite da terça-feira, 16 de setembro de 2025, a Câmara dos Deputados aprovou, em primeiro turno, a PEC da blindagem — nome popular da Proposta de Emenda à Constituição 3 de 2021, que altera as regras para processar e prender parlamentares. A votação foi simbólica para o Brasil, mas ainda mais significativa para os eleitores de Mato Grosso do Sul, que agora sabem exatamente como cada um de seus representantes se posicionou diante da proposta.

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No total, seis deputados federais do estado registraram voto na sessão. Quatro deles disseram "sim" à PEC, votando a favor das novas barreiras para que políticos sejam alvos de ações da Justiça. Outros dois se posicionaram contra a proposta, em defesa da manutenção dos atuais mecanismos de responsabilização.

Veja como cada deputado de Mato Grosso do Sul votou:

Deputado Voto
Beto Pereira (PSDB) Sim
Dr. Luiz Ovando (PP) Sim
Marcos Pollon (PL) Sim
Rodolfo Nogueira (PL) Sim
Geraldo Resende (PSDB) Não
Vander Loubet (PT) Não

O que diz a PEC da blindagem - A proposta altera a Constituição e dificulta o processo judicial contra parlamentares. Segundo o novo texto, deputados e senadores só poderão ser investigados ou processados após autorização da própria Casa — por maioria simples. Além disso, só poderão ser presos em flagrante por crimes inafiançáveis, como racismo ou terrorismo. Mesmo nesses casos, a prisão só se mantém se for aprovada em até 24 horas pelos colegas do Congresso.

Outra mudança polêmica: a ampliação do foro privilegiado para presidentes de partidos políticos com representação no Congresso, que também passariam a ser julgados apenas pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Para os eleitores sul-mato-grossenses, a votação revela quem, na prática, apoia um modelo de maior proteção a políticos — e quem acredita que parlamentares devem continuar sujeitos às leis como qualquer outro cidadão.

Movimentos sociais, organizações de combate à corrupção e ativistas de transparência pública já expressaram preocupação com a proposta. A crítica central é que a PEC cria um “manto de impunidade” ao dificultar o trabalho do Judiciário e do Ministério Público.

E agora? A PEC ainda precisa ser aprovada em segundo turno na Câmara e, depois, seguir para o Senado. Mas o registro da votação já permite que cada eleitor cobre, questione e acompanhe o comportamento dos seus representantes. Afinal, transparência começa pelo voto.

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