
O governo de Alagoas informou ao Supremo Tribunal Federal (STF) que a demora de cinco meses para comunicar o desligamento da tornozeleira eletrônica do ex-presidente Fernando Collor de Mello ocorreu por “desconhecimento do e-mail institucional” do ministro Alexandre de Moraes, relator da ação penal que condenou o ex-mandatário.
A explicação foi enviada à Corte nesta sexta-feira (24) pela Secretaria de Ressocialização e Inclusão Social de Alagoas (Seris).
“Não houve qualquer intenção de omissão”, afirmou a pasta, justificando que o atraso “decorreu exclusivamente da ausência de conhecimento prévio do e-mail institucional”.
Falha ocorreu nos primeiros dias da prisão domiciliar
Segundo o Centro de Monitoramento Eletrônico de Pessoas de Alagoas, a tornozeleira de Collor ficou desligada entre os dias 2 e 3 de maio, por falta de bateria. O episódio aconteceu nos primeiros dias da prisão domiciliar do ex-presidente.
A informação, no entanto, só foi comunicada ao STF cinco meses depois, o que levou o ministro Alexandre de Moraes a cobrar esclarecimentos sobre o motivo da demora.
Fernando Collor foi condenado a oito anos e dez meses de prisão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, no âmbito da Operação Lava Jato. A pena vem sendo cumprida em regime domiciliar, monitorada por tornozeleira eletrônica em sua residência, em Maceió (AL).

