
O presidente nacional do Progressistas (PP) e senador Ciro Nogueira (PI) afirmou neste sábado (25) que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é, neste momento, o favorito para vencer as eleições de 2026. A declaração foi feita durante o Fórum de Segurança Pública, promovido pela Fundação Francisco Dornelles, em São Paulo.
Mesmo sendo um dos principais articuladores da oposição ao governo Lula, Nogueira reconheceu que o petista vive uma fase política favorável.
“Vejo como um jogo de futebol. Se só um time está em campo, ele é o favorito. Hoje o Lula é um avião voando sozinho, mas é um avião que voa baixo, com teto baixo e pouca autonomia. Quando o nosso centro decolar, vai voar muito mais alto e será muito melhor para o País”, declarou o senador.
Ciro Nogueira defendeu que a direita e o centro-direita precisam definir um nome único para enfrentar Lula em 2026. Segundo ele, essa escolha passará pelos governadores estaduais, que devem exercer papel decisivo na articulação política.
O senador voltou a citar seus dois nomes preferidos para representar o bloco conservador: o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e o governador do Paraná, Ratinho Júnior (PSD). Nos bastidores, Nogueira tem trabalhado para se posicionar como possível vice em uma futura chapa de oposição.
Durante o evento, Ciro Nogueira também criticou declarações recentes de Lula feitas em Jacarta, na Indonésia, em que o presidente afirmou que “traficantes são vítimas de usuários” — fala que foi posteriormente corrigida nas redes sociais.
“Só tenho a lamentar que nós tenhamos um presidente da República com esse tipo de pensamento. Mas ele mesmo viu a repulsa da sociedade, de direita a esquerda, diante dessa visão de País completamente equivocada. A sociedade não aceita esse tipo de posicionamento”, afirmou o líder do PP.
As falas de Nogueira reforçam a tentativa de reposicionar o Progressistas como peça central na construção de uma aliança mais ampla contra o PT em 2026. O senador defende que o “centro político” deve ser o ponto de equilíbrio entre o discurso radical e a agenda econômica liberal, retomando o protagonismo que o partido teve em eleições passadas.

