
O presidente do Progressistas (PP), senador Ciro Nogueira (PI), afirmou neste domingo (13) que pediu ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) que defina até o fim de 2024 quem será seu candidato à Presidência da República nas eleições de 2026. A declaração foi feita durante entrevista ao programa Canal Livre, da Band.

“Ele me garantiu que ia fazer a sua escolha no momento correto. Eu defendi que ele fizesse isso até o final do ano”, declarou Nogueira. Bolsonaro está inelegível até 2030, após decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), e deve exercer papel estratégico como apoiador nas próximas eleições nacionais.
Ciro não revelou se o ex-presidente já tem um nome favorito, mas afirmou que ele está “ouvindo muita gente”. “Acho que vai fazer a sua escolha num momento correto para anunciar”, completou o senador.
Lula como favorito “por estar sozinho” - Para o presidente do PP, o atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) desponta como favorito por enquanto porque é o único nome certo na disputa até o momento. “É porque só tem um time em campo. Agora, quando outro time entrar, têm jogadores bem melhores. Eu não tenho dúvida que a gente vire esse jogo e vamos ganhar a eleição no próximo ano”, afirmou.
A fala de Ciro reforça a estratégia da direita de se preparar para 2026 com antecedência e evitar fragmentações como ocorreu nas eleições anteriores. O senador evitou antecipar nomes, mas defendeu que a direita se una em torno de um nome competitivo e com apoio explícito de Bolsonaro.
Questionado sobre a possibilidade de o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), ser o nome apoiado por Bolsonaro, Ciro disse que o ex-ministro será leal, mas não subordinado.
“Ele vai ser leal. Jamais pode trair o ex-presidente Bolsonaro. Sempre vai ser leal, mas jamais será subordinado a um mandato de Bolsonaro. Isso aí pode ter toda certeza, eu conheço”, afirmou.
Unidade da direita e críticas à eleição municipal - Ciro Nogueira também criticou a falta de unidade da direita nas eleições municipais de 2024, usando o exemplo de São Paulo. “A eleição de Ricardo Nunes (MDB) mostrou que a direita não se unificou. Isso não pode se repetir em 2026”, alertou.
Por fim, ele ressaltou que uma futura campanha da direita ao Planalto não deve se basear em ataques ao presidente Lula, e sim em propostas e união. “Ninguém vai roubar os eleitores de Lula. A disputa será por quem está fora dessa polarização”, concluiu.
