
O FBI confirmou que o DNA encontrado em uma toalha e em uma chave de fenda próxima ao local onde Charlie Kirk foi morto liga o crime ao jovem Tyler Robinson, de 22 anos. Kirk, influenciador conservador ligado a Donald Trump, foi assassinado a tiros no último dia 10, durante um evento na Universidade de Utah Valley, nos Estados Unidos.

As autoridades de Utah devem formalizar nesta terça-feira (16) a acusação de homicídio qualificado contra o suspeito. Segundo o FBI, Robinson já havia deixado uma nota revelando intenção de cometer o crime. A motivação seria ideológica: o acusado expressava ódio pelas posições políticas de Kirk.
De acordo com o governador do estado, Spencer Cox, amigos e familiares de Robinson relataram que ele passava horas em fóruns extremistas na internet. O FBI afirmou ainda que o material genético de Robinson foi encontrado em um dos rifles usados no ataque e que as munições carregavam símbolos antifascistas e frases provocativas.
O diretor do FBI, Kash Patel, afirmou que a nota de Robinson expressava de forma clara o desejo de matar Kirk. As autoridades acreditam que ele tenha se radicalizado online, alimentado por discursos de ódio. A namorada de Robinson, que é transgênero, está colaborando com as investigações.
Crime planejado e alvo político - Charlie Kirk era conhecido por suas falas conservadoras e pela proximidade com o ex-presidente Donald Trump. No dia do crime, ele participava de mais uma etapa da sua turnê por universidades americanas, onde buscava engajar jovens em debates políticos. O evento, realizado ao ar livre, gerou críticas à segurança oferecida.
Testemunhas relataram que o atirador agiu sozinho e fugiu após os disparos. Robinson foi preso dois dias depois, na cidade de St. George, também em Utah. Ele está em silêncio desde a prisão, segundo o Departamento de Segurança Pública.
Após o assassinato, manifestações de luto e homenagens a Kirk foram realizadas em todo o país. Nos arredores do local do crime, estudantes deixaram mensagens de apoio, versículos bíblicos e palavras de protesto contra a violência. “As balas não podem impedir a verdade”, dizia uma das frases escritas com giz no chão.
O vice-presidente dos EUA, JD Vance, que era amigo pessoal de Kirk, apresentou o programa do influenciador em sua homenagem e fez um discurso emocionado sobre o legado do colega. “Vou honrar meu amigo sendo um marido e pai melhor”, declarou.
