
A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado Federal agendou para o dia 12 de novembro a sabatina de Paulo Gonet para o comando da Procuradoria-Geral da República (PGR). O procurador-geral foi reconduzido ao cargo em agosto pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mas ainda depende de nova aprovação dos senadores.

Mesmo sendo mantido para um segundo mandato, Gonet precisará passar por todas as etapas formais do processo, como determina o regimento. A CCJ realizará a sabatina e, em seguida, a indicação será submetida ao plenário do Senado, que dará o aval final.
Relatório deve ser apresentado antes da sabatina
Segundo interlocutores do senador Otto Alencar (PSD-BA), presidente da CCJ, o relatório sobre a recondução deve ser apresentado cerca de uma semana antes da sabatina, permitindo que os parlamentares tenham tempo para formular questionamentos e analisar o desempenho de Gonet no cargo.
Na primeira indicação, o procurador-geral obteve 23 votos favoráveis e 4 contrários na CCJ. Em plenário, foi aprovado por 65 votos a 11, sucedendo Augusto Aras na chefia do Ministério Público Federal.
Denúncia contra Bolsonaro marcou gestão
Durante o atual mandato, Paulo Gonet foi o responsável por oferecer denúncia ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outros 36 investigados por tentativa de golpe de Estado. A acusação incluiu militares, ex-ministros e aliados políticos do ex-presidente.
Além disso, Gonet apresentou as alegações finais da PGR nesse e em outros casos de repercussão nacional, consolidando sua atuação em temas sensíveis da política e do sistema judiciário brasileiro.
A recondução de Gonet é vista como um gesto de confiança do governo Lula, que busca manter estabilidade institucional na cúpula do Ministério Público.
