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POLÍTICA

CCJ avalia prisão do presidente da Alerj, Rodrigo Bacellar

Parlamentar é suspeito de vazar informações da Operação Zargun e manter vínculos com facção criminosa

5 dezembro 2025 - 14h45Redação
Rodrigo Bacellar, presidente da Alerj, está preso suspeito de vazar informações da Operação Zargun.
Rodrigo Bacellar, presidente da Alerj, está preso suspeito de vazar informações da Operação Zargun. - Foto: Reprodução Youtube

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) avalia, na tarde desta sexta-feira (5), a decisão que determinou a prisão de Rodrigo Bacellar (União Brasil), presidente da Casa. A sessão extraordinária, marcada para as 15h, foi convocada por Guilherme Delaroli (PL), presidente em exercício, conforme publicação em edição extra do Diário Oficial do Legislativo.

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Bacellar foi preso na quarta-feira (3) sob suspeita de vazar informações da Operação Zargun, realizada em setembro, que resultou na prisão do então parlamentar TH Joias. No veículo de Bacellar, a Polícia Federal encontrou R$ 90 mil em dinheiro vivo. Segundo a investigação, o presidente da Alerj tinha como objetivo manter vínculos com o Comando Vermelho em busca de votos nas regiões dominadas pela facção.

Na ocasião, a PF cumpriu mandado de prisão preventiva, oito mandados de busca e apreensão e um mandado de intimação para cumprimento de medidas cautelares expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

TH Joias foi preso em 3 de setembro por tráfico de drogas, corrupção e lavagem de dinheiro na Operação Zargun. Ele é acusado de negociar armas, fuzis e equipamentos antidrones para o Comando Vermelho e de usar o mandato parlamentar para favorecer a facção.

Para o ministro do STF Alexandre de Moraes, Bacellar tinha conhecimento prévio da Operação Zargun e orientou TH Joias a retirar do imóvel possíveis provas que seriam apreendidas. A PF aponta que TH Joias enviou fotos das câmeras internas mostrando agentes da PF dentro da residência, imagens recebidas por Bacellar às 6h03 da manhã, indicando que ele acompanhava a operação em tempo real.

Moraes classificou o caso como crime permanente vinculado à organização criminosa, permitindo a prisão do parlamentar mesmo com imunidade. Segundo o ministro, medidas alternativas seriam insuficientes, sendo a prisão preventiva necessária para garantir a ordem pública, preservar a instrução criminal e impedir a continuidade dos crimes.

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