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PENA AUMENTADA

CCJ aprova aumento de pena para aliciamento infantil online

Projeto prevê incremento de um terço na punição de quem explorar crianças e adolescentes na internet

13 agosto 2025 - 15h35
Deputados da CCJ durante votação unânime que aprovou aumento da pena para crimes de aliciamento infantil online.
Deputados da CCJ durante votação unânime que aprovou aumento da pena para crimes de aliciamento infantil online. - Vinicius Loures/Câmara dos Deputados

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados aprovou, nesta quarta-feira (13), por unanimidade, o Projeto de Lei 2.857/2019, que aumenta em um terço a pena para o crime de aliciamento de crianças e adolescentes por meio da internet, incluindo aplicativos e redes sociais.

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A relatora do texto, deputada Laura Carneiro (PSD-RJ), destacou a necessidade do endurecimento da punição: “As tecnologias atualmente usadas para promover a interação entre pessoas amplificam ou facilitam a prática de crimes que antes ocorriam apenas no mundo presencial”.

Atualmente, o artigo 241-D do Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei 8.069/1990) prevê pena de reclusão de 1 a 3 anos, mais multa, a quem alicia, assedia, instiga ou constrange crianças para prática de ato libidinoso, por qualquer meio de comunicação. Com a mudança, a punição será ampliada em um terço.

O projeto ganhou destaque após a denúncia do influenciador Felca Bressanim contra perfis que usam crianças e adolescentes com pouca roupa, dançando músicas sensuais ou abordando temas sexuais em plataformas digitais, visando monetização.

O presidente da Câmara, Hugo Motta, anunciou que nos próximos 30 dias será apresentado um projeto sobre ‘adultização infantil’, construído por grupo de trabalho com parlamentares e especialistas.

A discussão sobre a responsabilização das plataformas digitais gera divergências. Deputados da oposição afirmam que a regulação seria censura, enquanto parlamentares da base defendem que as redes devem ser responsabilizadas por conteúdos que exploram crianças e adolescentes.

O deputado Helder Salomão (PT-ES) ressaltou: “Quem não quer regular as redes sociais, as plataformas digitais, é conivente com esse tipo de crime de pedofilia, de violência sexual, de exploração sexual e de abuso sexual contra crianças e adolescentes do nosso país”.

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