
A decisão do Comitê Norueguês do Nobel de conceder o Prêmio Nobel da Paz de 2025 à venezuelana María Corina Machado gerou reação imediata da Casa Branca nesta sexta-feira (10). O governo dos Estados Unidos criticou publicamente o comitê por não premiar o presidente Donald Trump, que vinha sendo cotado por seus recentes esforços diplomáticos.

Em declaração publicada na plataforma X (antigo Twitter), o porta-voz da Casa Branca, Steven Cheung, afirmou que o presidente americano “continuará fazendo acordos de paz, acabando com guerras e salvando vidas”. Segundo ele, Trump “tem o coração de um humanitário e nunca haverá ninguém como ele, capaz de mover montanhas com a força de sua vontade”.
Cheung ainda acusou o comitê de ter agido com motivação política. “O Comitê do Nobel provou que coloca a política acima da paz”, escreveu.
O prêmio deste ano foi concedido à líder da oposição da Venezuela, María Corina Machado, reconhecida por sua luta pela democracia e pelos direitos humanos no país. O comitê destacou sua resistência à “liderança autoritária” e seu papel inspirador em um cenário de perseguição política e repressão.
A escolha frustrou Trump, que fazia campanha pelo prêmio e chegou a afirmar que sua mediação em acordos internacionais, incluindo o cessar-fogo entre Israel e o Hamas, o tornava “o verdadeiro promotor da paz mundial”.
Apesar do silêncio sobre o Nobel, Trump publicou três vídeos em sua rede Truth Social na manhã desta sexta-feira, comemorando o acordo de cessar-fogo e libertação de reféns em Gaza, anunciado nesta semana.
O presidente americano acredita que suas iniciativas diplomáticas representam um marco de estabilidade no Oriente Médio e reforçam seu papel como mediador global. O Comitê do Nobel, no entanto, manteve a tradição de priorizar figuras que representam movimentos democráticos e resistências civis.
