
O vereador Carlos Bolsonaro (PL) criticou nesta segunda-feira (6) a ausência de mobilização de lideranças de direita em defesa de seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que cumpre prisão domiciliar após condenação por tentativa de golpe de Estado.

Em postagem no X (antigo Twitter), Carlos afirmou que Bolsonaro é “preso ilegalmente, torturado diariamente”, e que nenhum membro da chamada “união da direita” se manifesta com palavras ou ações jurídicas e políticas diante da situação. A expressão faz referência a declarações recentes do senador Ciro Nogueira (PP), que defendeu maior união entre os partidos conservadores para evitar derrota eleitoral em 2026.
O vereador e seu irmão, o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), têm criticado o recuo da oposição na pressão pela anistia aos condenados pelos atos de 8 de janeiro. Carlos já cobrou “firmeza e coerência”, repudiando promessas condicionais de indulto de políticos conservadores.
As críticas de Carlos e Eduardo miram líderes como os governadores Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), Romeu Zema (Novo-MG) e Ronaldo Caiado (União-GO), que declararam que perdoariam Bolsonaro apenas caso fossem eleitos presidente em 2026.
- Chega desse papo de “eu darei indulto se for eleito” para enganar inocentes. Jair Bolsonaro, quando presidente, já concedeu graça a Daniel Silveira e, mesmo assim, foi atropelado pelo sistema. Hoje, estão destruindo não apenas o ex-parlamentar, mas também milhares de…
— Carlos Bolsonaro (@CarlosBolsonaro) October 2, 2025
O relator do projeto de anistia na Câmara, Paulinho da Força (Solidariedade-SP), já indicou que a proposta de “anistia ampla, geral e irrestrita” defendida por bolsonaristas está descartada e que o parecer se limitará à redução das penas.
