
A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) encerra nesta quinta-feira (2) sua licença parlamentar, que durou 127 dias. Condenada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a dez anos de prisão por envolvimento na invasão do sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) junto ao hacker Walter Delgatti, ela segue vivendo na Itália e não reassumiu o cargo.

A condenação tornou Zambelli inelegível por oito anos e determinou a perda automática do mandato. A licença, inicialmente prevista para 120 dias, foi prorrogada por motivos de saúde. Com o término do período, a deputada, em tese, deveria voltar ao Brasil para reassumir a cadeira do suplente Coronel Tadeu. Como isso não ocorreu, ela começará a acumular faltas não justificadas, situação que pode resultar na perda do mandato caso ultrapasse um terço das sessões, regra similar à do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que permanece em autoexílio nos Estados Unidos desde fevereiro.
Em julho, Zambelli foi incluída na lista da Interpol e aguarda decisão sobre possível extradição ao Brasil. Paralelamente, responde a processo de cassação na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara.
A última aparição pública da parlamentar ocorreu em Roma, onde está detida. Na ocasião, ela criticou o ministro do STF Alexandre de Moraes, a quem chamou de “bandido”, e afirmou acreditar que será solta “muito em breve” pela Justiça italiana.
