Grupo Feitosa de Comunicação
(67) 99974-5440
(67) 3317-7890
25 de setembro de 2025 - 17h46
tce
CPMI DO INSS

"Careca do INSS" promete entregar 18 milhões de documentos à PF para provar inocência

Antônio Carlos Camilo Antunes afirma que atuação de sua empresa era apenas consultiva e responsabiliza associações por descontos indevidos em benefícios do INSS

25 setembro 2025 - 13h30
Investigado atribui culpa por eventuais ilegalidades a associações
Investigado atribui culpa por eventuais ilegalidades a associações - (Foto: Lula Marques/Agência Brasil)

Preso preventivamente desde o dia 12 de setembro, o empresário Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como Careca do INSS, afirmou nesta quinta-feira (25), durante depoimento à CPMI do INSS no Congresso, que vai entregar à Polícia Federal mais de 180 gigabytes de documentos para comprovar a legalidade dos serviços prestados por sua empresa, a Prospect.

Canal WhatsApp

Apontado como peça central no esquema de descontos ilegais em benefícios de aposentados e pensionistas, Antunes se defendeu dizendo que sua empresa não atuava na adesão de associados nem na manipulação de dados do INSS. Segundo ele, a Prospect oferecia consultoria empresarial e serviços como seguros funerários, descontos em farmácias e cursos online às entidades que contratavam seus serviços.

"Jamais exerci ingerência sobre os dados dos aposentados", afirmou Antunes, destacando que os descontos nos benefícios eram de responsabilidade das associações, não da empresa. Ele ainda declarou que sua imagem tem sido alvo de “narrativas mentirosas”.

O empresário garantiu que seus advogados vão entregar os documentos — que, segundo ele, somam mais de 18 milhões de arquivos — nos próximos dias à Polícia Federal. Ele também se comprometeu a responder aos parlamentares da comissão, exceto ao relator Alfredo Gaspar (União-AL), a quem acusou de tê-lo julgado antecipadamente, chamando-o de “ladrão” em reunião anterior.

Antunes reiterou que só responderá a perguntas feitas com respeito e dentro dos limites éticos, observando seu direito constitucional ao silêncio para não se autoincriminar.

Assine a Newsletter
Banner Whatsapp Desktop