
Discussão sobre atletas trans em competições femininas volta à pauta na Câmara de Campo Grande. Após o veto ao Projeto de Lei nº 11.526/25 pela Prefeitura, o coautor André Salineiro (PL) afirmou que vai trabalhar para derrubar a decisão e transformar a proposta em lei.

O texto define que apenas o sexo biológico deve ser levado em conta na formação de equipes esportivas oficiais. A medida gerou repercussão após um episódio envolvendo o time feminino Leoas, que se recusou a disputar partida contra uma equipe com atleta trans.
“Estamos defendendo o direito das mulheres, que não querem competir em desvantagem. É isso que as esportistas esperam de nós”, declarou Salineiro.
O projeto foi apresentado em regime de urgência pelos vereadores Rafael Tavares, André Salineiro, Ana Portela, Herculano Borges, Wilson Lands e Leinha, com apoio de jogadoras locais. Aprovado com 19 votos favoráveis e 6 contrários, o texto acabou barrado pelo Executivo e aguarda nova votação.
Salineiro citou casos internacionais para justificar a proposta, como o da esgrimista Stephanie Turner e o da lutadora Fallon Fox, que causaram controvérsia ao competir com mulheres cis.
O argumento central dos autores é que mulheres trans possuem vantagens físicas, mesmo após tratamento hormonal. Para eles, permitir a participação dessas atletas compromete a integridade das competições femininas.
