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21 de outubro de 2025 - 22h01
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POLÍTICA

Câmara acelera projeto que proíbe cobrança por bagagem de mão em voos

Proposta pode ser votada diretamente no plenário após companhias aéreas anunciarem novas tarifas com restrições

21 outubro 2025 - 19h30
Câmara aprova urgência para votar projeto que proíbe cobrança por bagagem de mão em voos; medida reage a nova tarifa de companhias.
Câmara aprova urgência para votar projeto que proíbe cobrança por bagagem de mão em voos; medida reage a nova tarifa de companhias. - (Foto: Lula Marques/Agência Brasil)
Terça da Carne

A Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira (21) o regime de urgência para o Projeto de Lei 5041/2025, que proíbe as companhias aéreas de cobrarem pela bagagem de mão em voos comerciais. Com isso, o texto poderá ser votado diretamente no plenário, sem passar pelas comissões temáticas da Casa.

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Chamado de PL das Bagagens, o projeto é de autoria do deputado Da Vitoria (Progressistas-ES) e surge como resposta à adoção de novas tarifas pelas companhias aéreas que restringem a franquia de bagagem. “Querer cobrar também pela bagagem de mão é algo que esta Casa não irá concordar, e esse projeto garante que cada passageiro tem o direito de levar sua bagagem de mão”, afirmou o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB).

A proposta prevê que as empresas estão proibidas de ofertar tarifas que excluam ou limitem o transporte gratuito de uma mala de mão e um item pessoal, como bolsa, mochila ou pasta. Esses itens devem respeitar os limites de peso e dimensão estabelecidos pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).

Conforme o texto, a mala de mão deve ser alocada no compartimento superior da aeronave, enquanto o item pessoal deve ser acomodado sob o assento à frente do passageiro. A nova regra da Anac, já válida em aeroportos como o de Congonhas (SP), estabelece que a bagagem de mão não pode ultrapassar 55 cm de altura, 35 cm de largura e 25 cm de profundidade.

Passageiros aguardam em guichê de companhia aérea em São Paulo  (Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil)Passageiros aguardam em guichê de companhia aérea em São Paulo (Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil)

Reação ao anúncio de cobrança - A aprovação da urgência ocorre em meio à polêmica envolvendo novas tarifas lançadas por companhias aéreas. A Gol Linhas Aéreas e a Latam Airlines anunciaram neste mês uma nova categoria de passagens, chamada "tarifa básica", que restringe o transporte de uma segunda bagagem de mão, além do item pessoal.

Em resposta, a Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), vinculada ao Ministério da Justiça, notificou as empresas para prestarem esclarecimentos sobre a prática e sobre como a informação foi apresentada aos consumidores. A Senacon considerou que, embora a cobrança possa estar legalmente amparada, a medida não oferece vantagens ao passageiro.

A Anac também solicitou explicações à Azul, Gol e Latam quanto à aplicação dessas tarifas, especialmente em voos internacionais. A Latam já colocou a cobrança em prática; a Gol anunciou que também adotará a medida; e a Azul informou que manterá a gratuidade para bagagem de mão em voos internacionais.

O presidente da Anac, Tiago Faierstein, destacou que não há cobrança de bagagem de mão em voos domésticos, mas sim uma diferenciação entre mochilas e malas com até 10 kg, que são acomodadas nos compartimentos superiores.

A agência informou ainda que trabalha na elaboração de estudos técnicos que deverão embasar uma proposta legislativa mais abrangente, com foco em equilibrar os direitos dos passageiros e a competitividade do setor aéreo.

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