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10 de novembro de 2025 - 10h39
POLÍTICA

Câmara avança com projeto de Combate ao Crime Organizado

Presidente da Câmara, Hugo Motta, afirma que proposta une o melhor das ideias do governo e do Congresso e endurece penas contra o crime

10 novembro 2025 - 08h20Leandro Silveira e Pepita Ortega
Câmara deve votar nos próximos dias o PL Antifacção, relatado pelo deputado Guilherme Derrite.
Câmara deve votar nos próximos dias o PL Antifacção, relatado pelo deputado Guilherme Derrite. - (Foto: Wilton Júnior/Estadão)

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou que o Marco Legal de Combate ao Crime Organizado, relatado pelo deputado Guilherme Derrite (PP-SP), representa uma convergência entre as propostas do Executivo e do Legislativo sobre o tema. Segundo ele, o texto “reúne o melhor do projeto apresentado pelo governo federal e o melhor das iniciativas debatidas dentro do Congresso”.

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Motta destacou que o objetivo é fortalecer o enfrentamento às organizações criminosas “sem perder a soberania nacional”. O parlamentar elogiou a atuação de Derrite e afirmou que o texto mostra maturidade política:

“É a prova de que não importa de onde a ideia vem. Se ela é boa para o País, a gente leva adiante”, publicou nas redes sociais.

No sábado, o presidente da Câmara já havia defendido o relatório, afirmando que ele preserva avanços do texto do governo federal e endurece as penas contra o crime organizado. “Quando o tema é segurança, não há direita nem esquerda, há apenas o dever de proteger”, escreveu.

O projeto, apelidado de “PL Antifacção”, deve ser votado nos próximos dias e é considerado prioridade pela Casa. A proposta foi encaminhada pelo governo federal após a megaoperação policial no Rio de Janeiro, que resultou em 121 mortes, e prevê reforço dos instrumentos de investigação, punição e cooperação entre forças de segurança.

Derrite, que deixou o cargo de secretário da Segurança Pública de São Paulo para reassumir o mandato parlamentar, alterou o texto original do governo ao equiparar organizações criminosas a terroristas. Segundo o relator, não se trata de classificá-las formalmente como terroristas, mas de reconhecer que “suas práticas produzem efeitos sociais e políticos equivalentes aos atos de terrorismo”.

O anúncio de Derrite como relator gerou críticas de governistas, que consideraram a escolha uma “provocação” ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Mesmo assim, o projeto segue como uma das pautas centrais da Câmara, em meio ao aumento de propostas sobre segurança pública — 51 projetos de lei foram apresentados no Congresso após a operação no Rio.

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