
O plenário da Câmara Municipal de Campo Grande silenciou nesta terça-feira, 2 de setembro. A sessão, que corria normalmente até o fim da manhã, foi interrompida após a confirmação da morte de Wagner de Souza Pereira, de 62 anos, assessor parlamentar do vereador Papy (PSDB).

Wagner morreu após um acidente de trânsito no cruzamento da Rua Bahia com a Rua 15 de Novembro, no bairro Itanhangá Park. Ele seguia de motocicleta quando foi atingido por uma caminhonete. O impacto foi forte. As equipes do Samu chegaram rápido, tentaram reanimá-lo, mas ele não resistiu.
A notícia chegou ao plenário pouco depois. Coube ao vereador Carlão (PSB) comunicar a perda, colocando a mão no ombro de Papy, em um gesto de respeito e apoio. “É um assessor da Casa, do presidente, de confiança. Veio a óbito agora”, disse, pedindo o encerramento da sessão ou a manutenção apenas da ordem do dia “em solidariedade ao nosso funcionário e amigo”.
Wagner atuava como assessor parlamentar desde 2022, mas já fazia parte da equipe de Papy desde 2018. Era conhecido no Legislativo pelo perfil voluntarioso e pela ligação com as demandas da comunidade. “Wagnão”, como muitos o chamavam, era figura querida nos bastidores da Casa.
O vereador Dr. Lívio (União Brasil) solicitou um minuto de silêncio em memória do servidor. Papy, visivelmente emocionado, não conteve as lágrimas. Em meio ao luto, agradeceu o apoio dos colegas. “É uma perda irreparável. Mas temos o dever de continuar. Vamos ao trabalho”, disse, tentando manter o equilíbrio.
Enquanto os parlamentares encerravam simbolicamente a sessão, colegas e amigos ainda estavam no local do acidente. Alguns ajudaram a retirar a motocicleta. Outros, em silêncio, aguardavam a liberação do corpo, que foi encaminhado ao Instituto de Medicina e Odontologia Legal (Imol).
O acidente foi registrado por câmeras de segurança. Segundo testemunhas, o motorista da caminhonete teria avançado o sinal vermelho. Ele foi conduzido pela Polícia Militar até a delegacia.
A morte de Wagner gerou comoção também fora da Câmara. Ex-presidente de bairro no Jardim Itamaracá, ele era visto por muitos como uma ponte entre o poder público e as demandas da periferia. Um servidor de bastidor que, ao longo dos anos, construiu laços com lideranças, moradores e servidores.
