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ESPAÇO PÚBLICO

Câmara debate futuro da Rua 14 de Julho em Campo Grande

Audiência pública discutiu segurança, ambulantes e organização do espaço cultural e comercial no Centro da capital

17 setembro 2025 - 13h55Redação
Audiência pública na Câmara Municipal de Campo Grande discutiu segurança, cultura e organização da Rua 14 de Julho
Audiência pública na Câmara Municipal de Campo Grande discutiu segurança, cultura e organização da Rua 14 de Julho - Foto: Divulgação
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A Câmara Municipal de Campo Grande realizou na manhã de quarta-feira (17) audiência pública para discutir o futuro da Rua 14 de Julho, um dos principais polos de lazer e cultura da cidade. O debate foi proposto pelo vereador Jean Ferreira (PSD), vice-presidente da Comissão Permanente de Juventude, após episódios recentes de violência no local. A ideia era simples: juntar todo mundo — políticos, comerciantes, artistas, ambulantes, policiais, moradores — e tentar achar soluções para um espaço que mistura lazer, cultura e economia.

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Jean Ferreira explicou que o encontro foi motivado pelos episódios de violência registrados nas últimas semanas. “Precisamos debater a segurança na 14. Existe vida cultural ali, mas também há moradores. É dever do poder público organizar esse espaço”, disse.

Os bares da região foram representados por Leonardo Soldati, que pediu mais diálogo com a prefeitura. “Precisamos nos unir e ordenar essa ocupação”, defendeu. Ele lembrou que acordos anteriores sobre estrutura não foram cumpridos, o que gerou frustração entre os empresários.

Do lado da cultura, Vitor Cadilac e Vinicius Gades trouxeram o exemplo da Rua do Lazer, em Goiânia. “Cultura e segurança não podem ser opostos. Juntar pessoas sempre traz impacto, mas também pode significar mais segurança”, resumiu Vinicius.

Outros vereadores reforçaram as críticas à falta de organização. Maicon Nogueira disse que “é impossível ter cidade inclusiva sem considerar o Centro”. Ronilço Guerreiro comemorou a criação do Corredor Cultural e Gastronômico na 14, mas listou demandas: banheiros públicos, mais segurança, regras para os ambulantes, limpeza garantida. Já Luiza Ribeiro foi direta: “A Prefeitura tem competência específica. Nessa gestão, há uma total ausência”.

Na plateia, ambulantes pediram regularização. “Só queremos poder trabalhar sem atrapalhar ninguém”, afirmou Carla Corrêa. A sugestão foi criar normas claras, um colete identificando os trabalhadores e mais lixeiras.

As forças de segurança também se manifestaram. A coronel Cleide Maria, comandante do 1º Batalhão da PM, destacou a importância da parceria com a população. “A Polícia existe para manutenção da ordem e segurança da sociedade, sem reprimir a legitimidade de empreender e se divertir.” Hudson Bonfim, da Associação dos Guardas Municipais, defendeu a aprovação de uma lei para fechar a rua nos fins de semana.

No fim, a audiência não resolveu todos os problemas, mas apontou caminhos: criar grupos de trabalho, fortalecer a segurança, organizar ambulantes e pensar em políticas que mantenham a Rua 14 de Julho viva — de dia e de noite.

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