bonito
CAPITAL

Câmara de Campo Grande aprova exigência de exame toxicológico para servidores que atuam com crianças

Proposta também exige certidão criminal atualizada e proíbe condenados por crimes graves de exercerem funções com menores em Campo Grande

15 julho 2025 - 14h10Carlos Guilherme
Proposta de Rafael Tavares prevê exames toxicológicos periódicos para profissionais que trabalham com crianças na rede pública de Campo Grande
Proposta de Rafael Tavares prevê exames toxicológicos periódicos para profissionais que trabalham com crianças na rede pública de Campo Grande - (Foto: Divulgação)

Proposta que cria novas regras para servidores públicos que trabalham diretamente com crianças e adolescentes foi aprovada nesta semana pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara Municipal de Campo Grande. O projeto de lei de autoria do vereador Rafael Tavares (PL) prevê a exigência de exame toxicológico periódico e certidões de antecedentes criminais atualizadas para quem atua em funções com contato direto com o público infantojuvenil.

Canal WhatsApp

A medida será votada em plenário após o recesso parlamentar.

Critérios e periodicidade - De acordo com o texto, os exames toxicológicos devem ser renovados a cada 12 meses, com intervalo mínimo de seis meses entre as coletas. Já a certidão criminal deverá ter validade máxima de 18 meses. As exigências valem para todos os servidores municipais em contato direto com crianças e adolescentes em ambientes como escolas, abrigos, centros sociais e unidades de acolhimento.

O projeto também veda o ingresso ou permanência em funções com menores para pessoas que tenham condenações definitivas por crimes como estupro de vulnerável, exploração sexual, pornografia infantil, tráfico de drogas e feminicídio.

Segundo o texto aprovado, todas as informações e documentos apresentados pelos servidores serão mantidos sob sigilo, respeitando o direito à privacidade de quem estiver em conformidade com os critérios estabelecidos.

Na ocasião em que a proposta foi apresentada na Câmara, o Sindicato Campo-Grandense dos Profissionais da Educação Pública (ACP) se manifestou, alegando a proposta injustificada e ofensiva, argumentando que não há respaldo técnico que justifique a medida, que, segundo eles, estigmatiza os profissionais da educação.

"A ACP critica a iniciativa como parte de uma agenda ideológica que desvaloriza o serviço público e desvia a atenção de problemas reais, como a falta de infraestrutura e recursos nas escolas", disse o comunicado na ocasião.

Assine a Newsletter
Banner Whatsapp Desktop