
Representantes da Associação Comercial e Industrial de Campo Grande (ACICG) se reuniram com o presidente da Câmara Municipal, vereador Epaminondas Neto, o Papy (Solidariedade), para apresentar demandas do setor empresarial. O encontro foi realizado com foco em temas como segurança pública, incentivo à economia, revisão da Lei do Prodes e ampliação de creches na Capital.

Durante a conversa, os empresários cobraram ações mais eficazes para combater os casos de violência enfrentados por comerciantes, tanto na região central quanto nos bairros. “Temos escutado muitos relatos de assaltos e depredações. É preciso encontrar um equilíbrio entre assistência social e segurança pública”, afirmou Renato Paniago, diretor da ACICG.
Em resposta, o vereador Papy anunciou que a Câmara vai promover uma audiência pública sobre o tema. “É uma atribuição do Executivo, mas estamos abrindo espaço para ouvir os setores produtivos e articular soluções junto ao poder público”, destacou. Segundo ele, o debate incluirá também questões relacionadas à atuação dos moradores de rua e à sensação de insegurança em áreas comerciais da cidade.
Vereador Papy recebe diretores da Associação Comercial para discutir demandas do setor produtivo de Campo Grande
Ambiente mais favorável ao empreendedorismo - Um dos principais pontos abordados foi a necessidade de revisão da Lei do Prodes (Programa de Incentivos para o Desenvolvimento Econômico e Social), que concede benefícios a empresas com projetos de impacto na economia local. Papy informou que uma nova proposta está sendo elaborada em conjunto com a Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Gestão Urbana e Desenvolvimento Econômico (Semades). O texto deverá modernizar dispositivos da lei, especialmente a cláusula de reversão — que trata da devolução de terrenos a empresas que não cumprirem os critérios de concessão.
“Queremos dar segurança jurídica aos empreendedores que recebem áreas públicas, e também valorizar aqueles que já geram empregos nos polos industriais”, afirmou o presidente da Câmara.
Outro tema levantado pelos empresários foi a necessidade de mais unidades de educação infantil, as chamadas Emeis. A falta de vagas, segundo a ACICG, afeta diretamente a empregabilidade de famílias da capital, principalmente mulheres. “Muitas mães não conseguem trabalhar por não ter onde deixar os filhos pequenos. Resolver isso é apoiar a independência financeira das famílias”, pontuou Paniago.
A educação financeira também foi mencionada como uma ferramenta importante para reduzir os índices de inadimplência entre consumidores e fortalecer o comércio local.
