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'Menino mimado': vereadores de Campo Grande reagem a ataques de Eduardo Bolsonaro

Câmara aprova moção de repúdio contra deputado federal por declarações consideradas ofensivas à senadora

16 outubro 2025 - 16h07Ricardo Eugenio
O deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) durante sessão no Congresso, ao lado da senadora Tereza Cristina (PP-MS), alvo recente de críticas do parlamentar. A Câmara de Campo Grande aprovou moção de repúdio em defesa da senadora.
O deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) durante sessão no Congresso, ao lado da senadora Tereza Cristina (PP-MS), alvo recente de críticas do parlamentar. A Câmara de Campo Grande aprovou moção de repúdio em defesa da senadora.

A política, muitas vezes, revela seus embates mais intensos longe dos palanques. Foi o que se viu em Campo Grande nesta quinta-feira (16), quando a Câmara Municipal decidiu aprovar uma moção de repúdio contra o deputado federal Eduardo Bolsonaro, do PL de São Paulo.

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O motivo foi uma sequência de críticas direcionadas à senadora Tereza Cristina, do PP de Mato Grosso do Sul, ex-ministra da Agricultura e uma das figuras mais respeitadas da política sul-mato-grossense. Durante entrevista ao jornal O Globo, Tereza citou nomes com viabilidade eleitoral para disputar a presidência em 2026. Entre eles estavam o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, o governador do Paraná, Ratinho Junior, e a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro. Eduardo não estava na lista.

A exclusão provocou reação imediata. O deputado usou as redes sociais para atacar a senadora e insinuar que ela teria se beneficiado politicamente da família Bolsonaro. As declarações não repercutiram bem em seu estado natal.

A resposta veio do Legislativo municipal. A moção, proposta pelo vereador Marquinhos Trad, do PDT, foi aprovada com 21 votos favoráveis. Apenas três vereadores do PL votaram contra. A justificativa foi clara. A fala de Eduardo Bolsonaro foi considerada um ataque à honra de Tereza Cristina e um desrespeito ao povo sul-mato-grossense.

Durante o debate, vereadores de diferentes espectros políticos defenderam a senadora. Alguns classificaram a atitude do deputado como imatura. Outros destacaram a ausência de experiência profissional fora da política por parte de Eduardo, sempre à sombra do sobrenome que carrega.

Tereza Cristina, por sua vez, não respondeu diretamente aos ataques. Preferiu manter o tom sereno, o mesmo que tem marcado sua trajetória pública. Na entrevista original, reforçou a importância de se pensar em nomes fortes para evitar a fragmentação da direita e garantir competitividade eleitoral.

A moção aprovada pela Câmara de Campo Grande vai além de um gesto simbólico. É também uma reafirmação da força de Tereza Cristina em seu estado.

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