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23 de setembro de 2025 - 18h00
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CAPITAL

Vereadores aprovam projeto que proíbe atletas trans em times do sexo oposto

Texto determina que o critério para participação em competições esportivas municipais seja exclusivamente o sexo biológico

23 setembro 2025 - 14h40Carlos Guilherme
Vereadores aprovaram projeto que define sexo biológico como único critério para participação em esportes na capital
Vereadores aprovaram projeto que define sexo biológico como único critério para participação em esportes na capital - (Foto: Divulgação)

Em uma votação marcada por debates acalorados, a Câmara Municipal de Campo Grande aprovou nesta terça-feira (23), por 19 votos a 6, um projeto de lei que define o sexo biológico como único critério válido para a participação de atletas em competições esportivas organizadas na cidade.

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A proposta, de autoria do vereador Rafael Tavares (PL) e subscrita por outros cinco parlamentares, proíbe que atletas trans compitam em times diferentes do seu sexo de nascimento. Segundo o texto aprovado, torneios organizados no município deverão seguir a nova regra, sob pena de multa e outras sanções.

O projeto prevê multa de 300 UFICs (Unidade Fiscal do Município de Campo Grande) para entidades esportivas que descumprirem a norma. Também permite o banimento de atletas que omitirem a condição de trans e prevê a anulação de títulos ou prêmios conquistados de forma considerada irregular.

Agora, o texto segue para análise da prefeita Adriane Lopes (PP), que pode sancionar ou vetar a nova regra.

A votação ocorre poucos dias após o vereador Rafael Tavares apresentar uma moção de apoio ao time feminino Leoas CG, que se retirou de uma competição em protesto contra a presença de uma atleta trans na equipe adversária. O caso repercutiu nas redes sociais e foi usado como justificativa para acelerar a tramitação do projeto.

Vereadores dividiram opiniões - Além de Rafael Tavares, assinaram o projeto os vereadores André Salineiro (PL), Ana Portela (PL), Herculano Borges (Republicanos), Wilson Lands (Avante) e Leinha (Avante). Todos votaram a favor.

Entre os que se posicionaram contra a proposta estão parlamentares do PT e do PP. Os vereadores contrários afirmaram que o texto é discriminatório e pode violar direitos fundamentais da população trans.

Na justificativa do projeto, Tavares citou casos internacionais, como o da nadadora trans Lia Thomas, para argumentar que a medida busca preservar a competitividade justa nas modalidades femininas e garantir igualdade para mulheres cisgênero.

O texto também propõe, como alternativa, a criação de categorias específicas para atletas trans, mas não define como isso seria implementado.

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