Artistas como Caetano Veloso, Gilberto Gil, Chico Buarque e Paulinho da Viola participaram, neste domingo (14), de um grande ato musical na Praia de Copacabana, na zona sul do Rio de Janeiro, contra a proposta de anistia e a redução de penas para os condenados pelos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023.
O evento foi uma reedição da mobilização realizada em setembro e levou milhares de pessoas ao posto 5, reforçando a rejeição também à chamada PEC da Blindagem, que perdeu força após repercussões negativas.
Ao som de sucessos da música popular brasileira, o protesto reuniu não apenas artistas consagrados, mas também nomes como Xamã e Duda Beat, que se juntaram ao coro contra a impunidade. A manifestação foi articulada por coletivos ligados à esquerda, como o portal Mídia Ninja e o grupo 342 Artes, da produtora Paula Lavigne.
Faixas, cartazes e discursos emocionados marcaram o clima da tarde, que teve início às 14h. No palco, os artistas revezavam apresentações musicais com falas de denúncia sobre a proposta aprovada pela Câmara dos Deputados, que ainda será analisada pelo Senado Federal.
Entre os presentes, o deputado federal Glauber Braga (PSOL-RJ) — suspenso por seis meses após episódio envolvendo um ex-integrante do MBL — esteve no palco e defendeu a importância da resistência popular diante do avanço de projetos que tentam “blindar” políticos e suavizar penas para golpistas.
A mobilização aconteceu quatro dias depois de a Câmara aprovar o projeto de lei da dosimetria, que reduz penas para condenados por crimes contra o Estado Democrático de Direito. A proposta é vista como tentativa de favorecer figuras ligadas aos atos antidemocráticos de 2023.
Protestos em outras capitais
Além do Rio, atos simultâneos foram realizados em várias capitais, como:
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São Paulo (SP) – concentração em frente ao Masp, na Avenida Paulista
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Brasília (DF)
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Belo Horizonte (MG)
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Curitiba (PR)
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Belém (PA)
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Recife (PE)
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Porto Velho (RO)
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Rio Branco (AC)
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Goiânia (GO)
As manifestações seguiram o mesmo tom: repúdio à anistia, defesa da democracia e exigência de responsabilização pelos atos golpistas.
