
A sessão da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS desta segunda-feira, 1º de setembro, foi marcada por um momento de tensão entre duas parlamentares. A senadora Leila Barros (PDT-DF) e a deputada federal Coronel Fernanda (PL-MT) se desentenderam após a votação que aprovou, por unanimidade, o pedido de prisão preventiva de 21 investigados no esquema de fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social.

Segundo Coronel Fernanda, o desentendimento começou quando ela comemorou o resultado da votação, que inclui o pedido de prisão de Alessandro Stefanutto, ex-presidente do INSS e nomeado pelo ex-ministro da Previdência Carlos Lupi, atual presidente nacional do PDT — partido de Leila Barros.
"A senadora Leila não gostou quando comemorei o resultado da votação e veio para cima e eu não aceitei", afirmou a deputada. "Ela disse que não tinha medo e eu também retruquei que não tinha medo."
Apesar da troca de farpas, Leila Barros votou favoravelmente às indicações de prisão, incluindo a de Stefanutto. A votação foi aprovada por todos os membros presentes.
Após o episódio, Coronel Fernanda minimizou o ocorrido e afirmou que "o episódio já passou". Até o momento, a senadora Leila Barros não se pronunciou sobre o incidente. A reportagem tenta contato com sua assessoria e o espaço segue aberto para manifestação.
Entre os 21 nomes com prisão preventiva aprovada pela comissão estão empresários, ex-servidores e pessoas apontadas como integrantes do esquema que aplicava descontos indevidos em aposentadorias e pensões, incluindo empréstimos consignados fraudulentos.
A CPMI agora aguarda os desdobramentos legais e o envio dos pedidos ao Judiciário.
