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TECNOLOGIA NUCLEAR

Ministro defende avanço da tecnologia nuclear no Brasil por questões de segurança e soberania

Alexandre Silveira afirma que país precisa investir em energia atômica para se proteger de ameaças externas e fortalecer defesa nacional

5 setembro 2025 - 18h15Bruna Rocha
Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, ao lado do presidente Lula.
Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, ao lado do presidente Lula. - (Foto: Wilton Junior/Estadão)
ENERGISA

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, defendeu nesta sexta-feira (5) que o Brasil deve ampliar os investimentos em tecnologia nuclear, não apenas como fonte energética, mas também como ferramenta estratégica de proteção e soberania. A declaração foi feita durante a posse de novos diretores da Agência Nacional de Segurança Nuclear e da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), no Rio de Janeiro.

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“Mesmo que isso seja polêmico, nós estamos vivendo arroubos internacionais muito graves no mundo, em especial nos últimos tempos”, afirmou Silveira durante a cerimônia, realizada na sede da Fundação Getulio Vargas (FGV).

O ministro destacou o potencial brasileiro no setor nuclear, citando as vastas reservas de urânio e as riquezas naturais do país. “Um país que é gigante pela própria natureza, que tem 11% da água doce do planeta, clima tropical, solo fértil e tantas riquezas minerais, precisa levar muito a sério a questão nuclear. No futuro, nós vamos precisar dessa tecnologia também para a defesa nacional”, declarou.

Silveira ressaltou ainda que o Brasil tem atuado com responsabilidade em relação à sua soberania, e atribuiu ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) o papel de manter essa diretriz. Ele também afirmou que será necessário um debate mais profundo sobre o uso da energia nuclear no país.

“Tenho absoluta certeza de que os homens públicos do País, em especial o Congresso Nacional, vão ter que rever a posição [sobre o uso pacífico da tecnologia]”, completou.

A fala do ministro ocorre em meio a um cenário global marcado por tensões geopolíticas e aumento dos investimentos em defesa em várias nações. Atualmente, o Brasil utiliza a energia nuclear de forma pacífica, com aplicações voltadas à geração elétrica e ao uso médico e industrial.

O tema, embora delicado, volta a ganhar espaço no debate nacional, especialmente em relação ao desenvolvimento de submarinos nucleares e ao fortalecimento da estrutura de segurança energética e tecnológica do país.

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