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Na manhã desta segunda-feira (16), no receptivo do Governo do Estado de Mato Grosso do Sul, um evento solene que, de certa forma, passou quase despercebido para muitos. O deputado Paulo Corrêa, 1º secretário da Assembleia Legislativa, entregou Moções de Congratulação para alguns dos maiores nomes do esporte paralímpico sul-mato-grossense. Os atletas que brilharam nas Paralimpíadas de Paris 2024 estavam lá para receber honrarias em nome da Assembleia Legislativa, uma homenagem discreta que talvez não tenha ecoado tanto quanto as suas conquistas.

O atleta Fernando Rufino recebendo as honrarias (Foto: Mariana Anjos)
Essas histórias de superação e conquistas são parte de um cenário maior, onde o esporte paralímpico, ainda longe dos holofotes do futebol ou do vôlei, vai ganhando reconhecimento, apoio financeiro e popularidade. Durante a cerimônia, o governador Eduardo Riedel discursou como quem entende a importância disso. "O esporte transforma a vida das pessoas", ele disse, talvez lembrando as centenas de crianças e jovens que, inspirados por esses atletas, possam estar agora sonhando em seguir seus passos. Ele falou em "política pública" e em como o Estado tem feito esforços para direcionar investimento ao esporte, e por um instante parecia estar na sua zona de conforto: falando como um torcedor apaixonado.
Para-atletas escolares sendo homenageados (Foto: Mariana Anjos)
Marcelo Miranda, secretário de Esporte, também não segurou a emoção. Conhece os atletas de longa data, viu suas lutas de perto, e agora testemunhava o reconhecimento público. Ele falava sobre a batalha diária que poucos enxergam: as horas de treino, a falta de patrocínio, os desafios físicos e emocionais de ser um atleta paralímpico no Brasil. Para Miranda, essas conquistas não são apenas medalhas, são marcos de uma longa caminhada.
Érika Zoaga foi a atleta de judô homenageada (Foto: Mariana Anjos)
Mas a fala mais contundente veio do próprio Yeltsin Jacques. Ele olhou para trás, para sua trajetória, e viu o quanto o esporte mudou desde que ele começou. "A gente conhece como foi o esporte no início", disse ele, em tom quase nostálgico, lembrando os tempos de dificuldades maiores, quando os recursos eram mais escassos e as oportunidades, limitadas. "Hoje, Mato Grosso do Sul é a quinta maior potência do esporte no Brasil", afirmou com orgulho, destacando o contraste entre o que foi e o que é.
Talvez o momento mais simbólico tenha sido o reconhecimento aos para-atletas escolares que também receberam suas homenagens. Ali, no meio de autoridades como a primeira-dama Mônica Riedel, a secretária de Estado da Cidadania Viviane Luiza da Silva, e o secretário de Governo Rodrigo Perez, estava a próxima geração de campeões, ainda desconhecidos, mas já trilhando o caminho de conquistas.
Yeltsin Jacque agradeceu e falou de trabalho a longo prazo (Foto: Mariana Anjos)
O que fica, no final, é uma sensação de que o esporte paralímpico sul-mato-grossense não é só uma sequência de feitos isolados. É uma narrativa contínua de resiliência e sucesso que, embora às vezes silenciosa, reverbera entre aqueles que acompanham de perto. Naquele receptivo do Governo do Estado, em uma manhã qualquer de setembro, os heróis estavam ali. E se o mundo não parou para ver, ao menos uma pequena parte de Mato Grosso do Sul celebrou os gigantes que continuam a fazer história nas águas, nos tatames e nas pistas.
