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POLÍTICA

Boulos solicita suspensão de salários para parlamentares bolsonaristas que obstruem votações

Deputado do PSOL pede corte de ponto para deputados aliados de Bolsonaro que estão impedindo o funcionamento da Câmara dos Deputados

6 agosto 2025 - 21h30Fellipe Gualberto
O deputado federal Guilherme Boulos pediu a suspensão do salários dos parlamentares que interditam a Câmara.
O deputado federal Guilherme Boulos pediu a suspensão do salários dos parlamentares que interditam a Câmara. - (Foto: Pablo Valadares/Creative Commons)

O deputado Guilherme Boulos (PSOL-SP) protocolou nesta quarta-feira (6) um requerimento ao presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), pedindo a suspensão dos salários dos parlamentares bolsonaristas que estão obstruindo as votações no Congresso.

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Boulos, em vídeo publicado em seu perfil no X (antigo Twitter), afirmou que os deputados da base de Jair Bolsonaro (PL) não têm interesse em trabalhar e que, por isso, não devem receber salários.

“Quem não trabalha não pode receber salário. Eu entrei hoje com um requerimento para que o presidente Hugo Motta faça o corte de ponto dos bolsonaristas que não querem trabalhar”, declarou Boulos.

Em sua justificativa, Boulos destaca que a paralisação intencional dos trabalhos legislativos prejudica o andamento de projetos essenciais para a população e fere o princípio da eficiência da Administração Pública.

O deputado pediu, no mínimo, a supressão da remuneração relativa aos dias em que, por ação ou omissão, os parlamentares contribuíram para a paralisação do Congresso. Além disso, Boulos afirma que o comportamento dos bolsonaristas é incompatível com a função parlamentar e defende uma pauta antidemocrática.

Parlamentares aliados de Bolsonaro estão bloqueando as votações na Câmara e no Senado, exigindo a aprovação de um pacote de medidas relacionadas ao ex-presidente, que está preso desde segunda-feira (4). Entre as demandas estão a anistia geral aos envolvidos no 8 de Janeiro, o impeachment do ministro Alexandre de Moraes (STF) e a PEC pelo fim do foro privilegiado.

O líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante (RJ), afirmou que a expectativa é impedir todas as votações nesta semana, deixando a decisão de bloquear os trabalhos nas mãos dos presidentes de cada comissão.

Em resposta, os presidentes das duas Casas do Congresso reagiram com firmeza. Hugo Motta anunciou que deputados que obstruírem as votações serão suspensos de seus mandatos. Já o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), determinou que as sessões sejam realizadas de forma remota nesta quinta-feira (7).

Alcolumbre também deixou claro que não permitirá que o Senado seja “refém” de ações que busquem desestabilizar o funcionamento da Casa.

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